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"The Penguin". Ascensão de um dos criminosos mais famosos do Batman estreia esta sexta-feira

20 set, 2024 - 10:30 • João Malheiro

A Renascença antecipa a minissérie sobre o supervilão que estreou esta sexta-feira.

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"The Penguin" é o mais recente projeto de super-heróis da DC e da HBO.

Inserida dentro do universo "The Batman", trata-se de uma minissérie que retoma a narrativa depois do final do filme de 2022.

O foco, desta vez, não é o multimilionário que combate o crime disfarçado de morcego, mas sim um dos seus arquinimigos. Colin Farrell retoma o papel de Oz Cobb, conhecido coloquialmente como O Pinguim, para demonstrar, em oito episódios, a ascensão do vilão dentro do submundo de Gotham.

A Renascença conta o essencial da série que estreia esta sexta-feira.

Um mafioso complexo

Uma semana depois do final de "The Batman", em que a cidade de Gotham foi inundada e o antigo líder da máfia, Camine Falcone, foi morto, há um vazio na hiearquia dos criminosos da cidade.

É este cenário que leva o Pinguim, até agora apenas um lacaio glorificado, tentar acumular poder e afirmar-se como o novo chefe do crime.

Uma façanha que não se adivinha fácil, já que a filha de Falcone (interpretada por Cristin Milioti) regressa da prisão com vontade de reclamar a sua herança. O Pinguim tem, ainda, de estar atento a Salvatore Maroni (Clancy Brown), outro líder mafioso que foi traído e condenado à prisão.

O género de super-heróis é hábil em pegar em histórias tradicionais e readaptá-las a um mundo em que personagens fantásticas habitam. Tal como o próprio "The Batman" remisturou o género do noir e do thriller psicológico, inspirado claramente em "Seven", de David Fincher, e as narrativas de Hannibal Lecter, "The Penguin" inspira-se em tragédias mafiosas, como "Os Sopranos" e "O Padrinho".

O objetivo da minissérie não é apenas demonstrar os jogos políticos e violentos do crime organizado, mas, igualmente, analisar o psicológico do vilão que a protagoniza.

Completamente irreconhecível devido a um trabalho de maquilhagem impressionante, Colin Farrell dá complexidade a Pinguim, quer na forma como tenta obter respeito de quem antes o desprezava, quer nas sequências que abordam a sua infância e família.

Não há, à vista, um herói nesta narrativa. São todos criminosos violentos, mesmo que alguns possam ter um sentido moral próprio. Não obstante, em "The Penguin", estamos a torcer pelo lacaio que se pode tornar um líder improvável.

Um universo de crime

A moda dos universos cinematográficos, que envolvem diversos spin-offs de filmes e séries, continua a alimentar os serviços de streaming com conteúdo que tentam capturar os fãs das obras originais.

Aliás, alguma das grandes estreias dos últimos anos têm sido sequelas ou prequelas de projetos anteriores. Geralmente, o padrão é sempre o mesmo: lançar um êxito de bilheteira e, de seguida, anunciar uma minissérie que cubra um aspeto particular da narrativa principal.

Depois de "Duna", foi anunciado uma prequela que deverá estrear, em novembro, na Max. Depois dos filmes de "Godzilla vs King Kong", a Apple TV+ recebeu o spin-off "Monarch: Legacy of Monsters". E, claro, basta ver o que a Disney+ tem feito desde 2020, com as séries baseadas no universo Marvel.

O mesmo se repete com "The Penguin", que serve de ponte entre "The Batman" e a sequela que está agendada para 2026. Matt Reeves, o realizador do primeiro filme e, no fundo, o arquiteto desta "saga épica do crime", como descreveu numa entrevista, já garantiu que a história do próximo filme passa-se pouco depois do final da minissérie. E já sabemos que Colin Farrell e o seu Pinguim estarão de volta.

O objetivo final é construir um único mundo - a cidade de Gotham - onde todas estas narrativas relacionadas com a corrupção moral e criminal de uma sociedade desenrolam-se, sob a sombra de Batman. Ao contrário da Marvel, não haverá outros super-heróis, vindos de outros filmes, a juntarem-se a Robert Pattinson. É uma história própria, isolada de tudo o resto, que planeia ter princípio, meio e fim.

O primeiro episódio de "The Penguin" - "After Hours" - tem uma 01h07 de duração.

Depois do lançamento a meio da semana, todos os restantes episódios vão ser lançados semanalmente, na Max, na madrugada de domingo para segunda.

O último capítulo da minissérie, entitulado "Great or Little Thing" sai a 10 de novembro e vai ter uma duração de 01h08, sendo o mais longo de todos os episódios.

Por agora, a produção foi aclamada pela crítica especializada e bem recebida pelos fãs de banda desenhada.

"The Penguin" já pode ser visto na plataforma Max.

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