22 jun, 2024 - 22:25 • Maria João Costa
O Rock in Rio parou para ver Portugal vencer à Turquia por 3-0 e aplaudiu de pé o apito final no Europeu de futebol. A música subiu ao palco logo a seguir para um segundo fim-de-semana em que, depois das críticas da estreia, a organização do festival implementou mudanças.
Quem andou pelo recinto pode verificar que as equipas de segurança foram reforçadas, havia mais gente a orientar o público nas casas de banho e, para evitar filas nas zonas de alimentação, havia este sábado mais venda ambulante de comida e bebidas.
De Vila Nova de Famalicão vieram Ivania e André. Escolheram chegar de TVDE, não conseguiram logo a primeira reserva, mas à segunda lá chegaram ao Rock in Rio. É a primeira vez que este casal vem ao festival.
“Vimos muitos vídeos nos média, das filas de entrada, das filas para sair, filas para a casa de banho, nas refeições. Estávamos com medo do que podíamos trazer, mas foi tudo ‘super’ tranquilo. Trouxemos refeições para os dois. Respeitamos as normas que estão no site e foi tudo tranquilo”, explicam, à entrada da cidade do Rock.
Também de forma tranquila chegaram Ana e Miguel, optaram por vir de transportes. Apanharam o metro e o comboio e pelo caminho encontraram placas indicativas. Falam à Renascença a correr, porque querem garantir lugar para ver Ivete Sangalo, uma das estrelas da noite.
Num fim-de-semana em que foram implementadas alterações na circulação de carro em torno do recinto, e mesmo depois das recomendações para que o público evitasse trazer carro, houve quem optasse na mesma por vir de carro até ao evento.
É o caso de Ana Charneira que veio do Barreiro.
“Viemos pela Ponte Vasco da Gama, entramos por Sacavém, e deixamos o carro um bocadinho distante, a meia hora a pé. Mas a entrada aqui foi muito fácil e rápida”, indica.
Também Rodrigo que é já um repetente no Rock in Rio veio de carro. “Aproveitamos que estava a dar o jogo de Portugal e não havia trânsito nenhum. Foi fácil estacionar na zona de Sacavém”, diz este festivaleiro que chega ao recinto “com muita expectativa de ver James”.
Depois das críticas do primeiro fim-de-semana quanto às longas filas nas zonas de refeição, fomos, à hora de jantar, perceber como estava a correr a experiência. Encontramos Joana e Mário, são de Lisboa, estavam a comer um hambúrguer tranquilamente.
“A comida é muito boa, o serviço foi rápido, por isso a experiência está a ser boa”, explica Joana, enquanto Mário diz que a comida está “muito boa”, sentados numa mesa de madeira debaixo de uma pérgula.
Enquanto isto, já no Palco Mundo, Ivete Sangalo “levantava poeira”. A puxar sempre pelo público, a artista que mais vezes cantou no Rock in Rio estava em casa. Os festivaleiros reagiram, cantaram e dançaram, levantamento, literalmente poeira.
Com os barcos da marinha a acompanharem à distância no rio Tejo o festival, o recinto este sábado tinha mais pó no ar do que no fim-de-semana anterior. A relva não é muita no Parque Tejo, o vento estava forte e as zonas de circulação, com pouca pedra, contribuíram para que não fosse só Ivete Sangalo a levantar poeira.
A noite marcada pelo concerto dos portugueses Ornatos Violeta, com participações de Samuel Uria, Ana Deus e Gisela João, no Palco Tejo e por Macklemore no Palco Mundo contou também com a presença dos moradores no festival. Foi o caso de Rui de Jesus.
“É bom na parte do bilhete oferecido, o resto causa-nos um pouquinho de constrangimentos, mas é bom!”, diz.
Na opinião deste morador do Parque das Nações “é divertido vir em família, e o facto de ser música brasileira ajuda ao convívio”, explica-nos enquanto dança ao som de Ivete Sangalo.
Este sábado contou ainda com a participação dos James no Palco Galp e terminou ao som dos Jonas Brothers. Domingo, último dia do festival espera-se lotação esgotada com Doja Cat e Camila Cabello como cabeças de cartaz.