16 jun, 2022 - 22:50 • Ana Catarina André com Redação
Dois anos de pandemia depois, milhares de pessoas voltaram a encher as ruas da baixa de Lisboa na tradicional procissão do Corpo de Deus.
Fiéis de todas as idades, muitos turistas e curiosos, acompanharam esta que é uma das mais emblemáticas procissões da capital e que voltou a realizar-se novamente, depois de dois anos de interrupção por causa da pandemia.
À Renascença, o cónego Luís Alberto, responsável pela organização da procissão, frisou a importância deste momento de oração, centrado no essencial da vida Cristã, ou seja, na relação com Deus. E explicou a história da procissão do Corpo de Deus.
"Esta procissão quando foi retomada no início dos anos 70, pelo Cardeal Ribeiro, começou a ser realizada saltitando de paróquia em paróquia. A partir do início do século, voltou ao que era antigamente, em que saía da Sé e regressava", conta.
Num ambiente de recolhimento e oração, foram muitos os que se foram ajoelhando à passagem do Santíssimo Sacramento nesta zona histórica da cidade.
No final, o Cardeal-Patriarca de Lisboa D. Manuel Clemente abençoou a assembleia com o Santíssimo Sacramento, junto ao largo da Sé, preenchido pela multidão, e sublinhou" a intensidade" da participação popular nesta celebração.
"Sentia-se muito a presença das pessoas. Era profundamente convicta e religiosa", considerou, à Renascença.
D. Manuel Clemente acredita que "em tempos difíceis há a necessidade de ir à raiz", o que, clarifica, no caso dos crentes, "a raiz é Deus".