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As imagens da visita histórica do Papa aos Emirados Árabes Unidos

05 fev, 2019 - 10:23

Deslocação ficou marcada pelo diálogo inter-religioso. É a 27ª viagem internacional do atual pontificado.

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Francisco foi o primeiro pontífice católico a visitar a Península Arábica. A viagem histórica aos Emirados Árabes Unidos celebrou os 800 anos do encontro entre São Francisco de Assis e o sultão al-Malik al-Kamil.

O Papa chegou a Abu Dhabi no domingo à noite e foi recebido pelo príncipe herdeiro, xeque Mohammed bin Zayed Al Nahyan.

Perante uma guarda de honra, as duas delegações trocaram cumprimentos no salão do protocolo e o Papa saudou o grande imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, antes de seguir para o Mushrif Palace, onde ficou alojado, na ausência de uma Nunciatura Apostólica (embaixada da Santa Sé) nos Emirados.

A cerimónia oficial de boas-vindas decorreu na segunda-feira, no Palácio Presidencial, onde o Papa reuniu em privado com o príncipe herdeiro.

Francisco e Mohammed bin Zayed Al Nahyan conversaram durante cerca de 20 minutos, tendo o Papa assinado o livro de honra do palácio, onde deixou votos de bênçãos divinas de “paz e solidariedade fraterna”.

Durante a tarde de segunda-feira, Francisco participou no Encontro Inter-religioso sobre a fraternidade humana, após um encontro privado com os membros do Conselho Islâmico dos Anciãos, na Grande Mesquita do xeque Zayed.

No primeiro discurso em Abu Dhabi, no Memorial do Fundador, o Papa apelou à rejeição da violência em nome da religião e ao respeito pelos direitos de todas as pessoas.

Durante o encontro inter-religioso, o Papa Francisco e o grande imã de Al-Azhar, Ahmad Al-Tayyeb, assinaram a Declaração de Abu Dhabi, apresentada como “histórica”, pelo Vaticano, que condena o terrorismo e a intolerância religiosa.

Na terça-feira, o Papa visitou a catedral de Abu Dhabi. Depois, celebrou uma missa no maior estádio do país. Mais de 130 mil pessoas participaram na eucaristia dentro do estádio. Vários milhares assistiram no exterior, através de ecrãs gigantes.

Foi a maior Missa de sempre na península arábica, animada por um coro de 120 pessoas, sobretudo emigrantes, oriundas das nove igrejas dos Emirados Árabes Unidos.

A missa contou com a presença de fiéis caldeus, coptas, greco-católicos, greco-melquitas, latinos, maronitas, sírio-católicos, siro-malabares e siro-malancares, vários dos ritos da Igreja Católica.

O dia 5 de fevereiro foi declarado feriado para funcionários do setor privado que sejam detentores de licenças para participar na Missa presidida pelo Papa.

Segundo o relatório 2018 sobre a Liberdade Religiosa no Mundo, da fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, os cristãos são 12,4% da população dos Emirados, não têm direito a mudar de religião e a apostasia do Islamismo é punível com a morte.

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