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ORÇAMENTO MUNICIPAL DE LISBOA 2025

Moedas responde ao PS e reforça higiene urbana até 38 milhões de euros. Devolução de IRS chega aos 5%

13 nov, 2024 - 08:00 • Susana Madureira Martins

A proposta do Orçamento Municipal de Lisboa é apresentada esta quarta-feira e prevê 12 milhões de euros para apoio a pessoas sem-abrigo. Cultura vê reforçada a dotação e chega aos 63 milhões.

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O último Orçamento Municipal do atual mandato de Carlos Moedas como presidente da Câmara de Lisboa, que surge a menos de um ano das eleições autárquicas, responde a algumas das críticas das oposições, por exemplo, em torno do problema do lixo na cidade, tema sobre o qual o PS se tem centrado.

Segundo apurou a Renascença, a proposta, que será apresentada pelo executivo esta quarta-feira, prevê o reforço da dotação para a higiene urbana até um total de 38 milhões de euros. O executivo de Moedas atira dinheiro para o problema e faz questão de notar que, no atual mandato, o valor do orçamentado para esta área está 67% acima do que foi gasto no mandato anterior.

O PS de Lisboa tem pedido mais pessoas, organização e meios para a recolha de lixo na cidade. Recentemente, o líder da concelhia e presidente da junta de freguesia de Alcântara, David Amado, dizia, em entrevista à Renascença, que “tem de haver outra coisa que deixou de existir, que é fiscalização”, ou seja, equipas que garantam que as pessoas deitam o lixo no sítio certo.

A Renascença sabe que Carlos Moedas viu como um ataque pessoal os cartazes do PS espalhados por vias centrais da cidade e em que o seu nome incluía a imagem de um contentor do lixo. O autarca chama os socialistas a jogo e, dos 21 milhões de euros orçamentados o ano passado, sobe para os 38 milhões de euros em 2025 - mais 17 milhões - para lidar com a higiene urbana.

Apoio aos sem-abrigo chega aos 12 milhões de euros

O executivo orçamentou 12 milhões de euros para o apoio a pessoas sem-abrigo da cidade, que, ao que a Renascença apurou, se estendem por várias áreas, desde o “housing first” aos centros de acolhimento. Um reforço que representa, segundo apurámos, mais 29% do apoio que constava na proposta de 2024.

Depois de, em entrevista ao Hora da Verdade, programa da Renascença e do jornal "Público", ter acusado "alguns partidos de extrema-esquerda" de manter as pessoas em situação de sem-abrigo a viver em tendas na Igreja dos Anjos para os usar como "arma política", Carlos Moedas aposta no reforço dos apoios a esta população.

É tema, de resto, que Moedas não tem querido largar, já que na cerimónia do 5 de outubro, em plenos Paços do Concelho, o autarca de Lisboa centrou o discurso na solução do problema dos sem-abrigo instalados junto à Igreja dos Anjos, anunciando que tinha ajudado “todas as pessoas” a encontrar “um teto”.

Devolução de 5% de IRS aos munícipes

Em 2021, a devolução de impostos aos munícipes foi uma das promessas de candidatura de Moedas à Câmara Municipal de Lisboa e, em relação ao IRS, foi acontecendo progressivamente.

Em 2024, o orçamento municipal fixou a devolução de IRS nos 4,5%, para 2025 a proposta prevê 5%. Serão, segundo contas da autarquia, 77 milhões de euros em 2025 que serão devolvidos a todos os residentes de Lisboa.

466 milhões de euros para as freguesias

Em 2025, a proposta de orçamento municipal prevê um total de 466 milhões de euros a distribuir pelas 24 juntas de freguesia de Lisboa. O valor global da delegação de competências para as juntas, segundo a Renascença apurou, irá ter um reforço das verbas em 13% face a 2024.

De assinalar que Moedas tem tido alguns choques com presidentes de junta do PS, que têm denunciado dívidas da autarquia às freguesias. Foi esse o recente caso do presidente da junta de Benfica, Ricardo Marques, que denunciou na Renascença que a Câmara de Lisboa lhe devia mais de um milhão de euros.

Com esta transferência de 466 milhões de euros, Moedas lança mais um desafio ao posicionamento do PS de Lisboa neste orçamento municipal, sendo que os socialistas ainda não definiram o sentido de voto para o Orçamento Municipal.

Davide Amado, na já referida entrevista que deu à Renascença, disse que “o PS é um partido responsável, o orçamento é um instrumento fundamental para o município, para Lisboa e para os lisboetas” e que os socialistas não querem ficar reféns de qualquer tentativa de vitimização” do presidente da Câmara de Lisboa.

Cultura com “maior” orçamento do mandato

O orçamento municipal do último ano de mandato de Moedas antes das eleições autárquicas de 2025 prevê uma dotação de 63 milhões de euros.

O executivo da coligação “Novos Tempos” mexe assim com uma área cara à esquerda e faz questão de assinalar à Renascença que se trata do “maior” orçamento deste mandato, representando mais 19% do que em 2023.

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  • Anastácio Lopes
    13 nov, 2024 Lisboa 10:43
    Que politico nos prova ser este atual autarca de Lisboa, quando apenas e só reagir e não agir? Será que as ruas da cidade apenas e só merecem ser limpas, já que apenas e só vêm água quando chove, apesar da taxa que todos os habitantes de Lisboa pagam à EPAL pela lavagem das mesmas, o que há décadas não acontece, quando a oposição na CML se lembra um dia de reclamar a limpeza das mesmas? Vejam os terrenos ao lado da rua Octávio Pato na Alta de Lisboa, que por não serem limpos há décadas, estão assim ao abandono, cheios de ratos e de todos os outros insetos rastejantes que se conhecem, como imagem de marca do que este político nos prova saber fazer, Este é pois um terreno que por ser gerido pela Gebalis, nada ali decidem construir, havendo como há a falta de habitações, e melhor abandonar estes terrenos do que aproveitá-los para lá construírem algo que sirva aos que naquela zona da cidade sobrevivem, seja prédios para habitação social, seja para uma grande superfície, ou outro algo, agora abandoná-los como estão ainda hoje é que é indignante e em nada dignificam os serviços da vereação do pelouro da habitação que até hoje nunca soube aproveitar os mesmos para dar outra resposta a quem necessita de uma habitação e não a tem. Foi para assim fingir dirigir a CML que este senhor Moedas pediu o voto aos lisboetas? Vergonha, brio profissional e sentido de responsabilidade exigem-se a este político e a todos os que ele escolheu para dirigir a CML que merece bem melhor.

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