21 jan, 2022 - 21:15 • André Rodrigues
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A organização acelera a entrega das bandeiras a quem se concentra na Praça 8 de Maio, mesmo em frente ao edifício da Câmara de Coimbra.
Está tudo a postos para a chegada do líder, que não há de tardar.
“Vai uma bandeirinha?”, pergunta-se aqui e ali. “Do PSD ou de Portugal? Tanto faz... ao menos a bandeira de Portugal também dá para apoiar a seleção”, respondeu um dos muitos que se concentraram para a arruada pelo centro histórico de Coimbra.
A cidade regressou às mãos do PSD nas últimas autárquicas, mas nas legislativas de 2019 o partido ficou atrás do PS e perdeu um deputado.
Assim que saiu do carro, Rui Rio foi engolido pela multidão e começou a trocar os primeiros abraços, alguns deles bastante entusiastas.
“Ó Doutor, muita força, muita força, para tirar aqueles corruptos do poder”, disse-lhe uma senhora com os decibéis acima da média. Pudera, entre instalação sonora e cânticos da JSD, o difícil é fazer-se ouvir.
Pela Rua Visconde da Luz, seguindo pela Rua Ferreira Borges, há um gesto cada vez mais usual no líder do PSD.
O V de vitória é a expressão da confiança social-democrata para o combate de 30 de janeiro.
“Vitória, vitória, vitória”, entoam os apoiantes. A confiança está ao rubro.
O dia do líder co PSD ficou marcado pelas palavras da campeã olímpica Rosa Mota que, esta manhã, numa ação de apoio a António Costa, chamou Rui Rio de “nazizinho”.
“Eu nem vou conferir grande importância porque acho que é dar importância demais a quem não a deve ter. Agora, não é essa a forma de se fazer campanha nem politica. A minha não é, mas o doutor António Costa é que sabe quem mete dentro da sala”, declarou, aos jornalistas, o líder social-democrata.
Para o candidato a primeiro-ministro, a expressão de Rosa Mota é reveladora da qualidade das pessoas que integram a campanha do PS e revela falta de confiança dos socialistas na vitória de 30 de janeiro.
“Que há uma falta de confiança na sua vitória e que essa falta de confiança é que os leva, depois, a fazer este tipo de politica mais baixa, isso é, mas as eleições são assim mesmo. Só no domingo é que sabemos quem vai ganhar e eu estou convencido que o PSD tem todas as condições para vencer as eleições”, argumentou.
No comício desta noite, Rui Rio apelidou de "vergonha" a venda das barragens no Douro e não ter pago "o imposto de selo que devia" pagar". "Com isto não estou a culpar em nada a EDP, quem estou a responsabilizar é o Governo, que esse sim, devia obrigar ao cumprimentos da lei", atirou.
Segundo Rio, a EDP podia fazer a "engenharia financeira" que quisesse, mas, no final, seria obrigada a pagar 110 a 120 milhões de euros.
"Não entendo sinceramente como é que um Governo que anda à cata de todos os impostos, faz aquilo que é normal daqueles Governos... que é forte com os fracos e fraco com os fortes", disse.
Depois de ter desvalorizado, uma vez mais, as sondagens que apontam para uma aproximação cada vez maior ao PS, ao ponto de projetarem, até, um cenário de empate técnico entre os dois partidos, Rio admite que a contenda com o PS “está equilibrada”. Mas daquilo que vê e sente nas ruas, considera que quem está mais perto de vencer é mesmo o PSD, garante.
Acho que a probabilidade de o PSD ganhar é mais elevada que o PS, mas vamos ver… ficaria surpreso se fosse o PS a ganhar”, declarou.
E, a avaliar pelo entusiasmo na baixa, apoio não faltou, mesmo com a ausência do presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva.
Passo a passo, porta a porta. Passados seis dias, o arranque da campanha em Barcelos parece um acontecimento longínquo e “já só faltam nove dias para a vitória”, acredita a jota laranja.
Este fim de semana, a caravana laranja concentra-se a norte, antes da ronda pelo Alentejo e Algarve.
Este sábado, Rui Rio vai passar por Santa Maria da Feira, Espinho e Aveiro.
No domingo, é a vez da região do Minho: primeiro, em Guimarães, depois em Arcos de Valdevez e Viana do Castelo.