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Legislativas 2022

Rio pára (uma manhã) e depois segue campanha em concelhos com muitas infeções: "Tenho de correr o risco"

20 jan, 2022 - 21:32 • André Rodrigues

Líder do PSD irá realizar um exame médico. Pelo segundo dia consecutivo, Rio sofreu um sangramento no nariz. Mas à tarde segue em campanha para a Figueira da Foz.

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Rui Rio cancelou a agenda de campanha para a manhã de sexta-feira, na Figueira da Foz, a fim de realizar um exame médico, depois de ter tido um sangramento do nariz no encerramento do dia de campanha em Vila Real.

O líder do PSD iria visitar o mercado da Figueira da Foz às 11h30 da manhã, mas só chegará à campanha às 13h30 para um almoço com candidatos, precisamente na Figueira da Foz, mantendo a restante agenda de campanha da tarde.

Terminada a arruada pelo centro histórico da cidade, pouco depois das 17h00, o líder social-democrata dirigiu-se à tenda onde aconteceu mais uma sessão das conversas informais sobre os temas chave do programa eleitoral social-democrata.

Assim que se sentou, Rio começou a sangrar do nariz e ausentou-se para receber assistência, tendo voltado cerca de 40 minutos depois para justificar a sua ausência aos militantes e simpatizantes presentes.

"Já me aconteceu ontem e penso que tem a ver com o frio que estou a apanhar. Agora parou um bocadinho, tenho aqui um algodão", explicou.

Esta quinta-feira, em Vila Real, o tema foi Economia e Finanças, num painel onde Joaquim Miranda Sarmento - presidente do Conselho Estratégico Nacional do PSD - assumiu as despesas do debate.

Rio apareceu apenas nos 10 minutos finais para "agradecer a presença de todos e pedir desculpas" por não ter estado presente "por razões óbvias", porque estar a sangrar do nariz, "era um 31 e nós não estamos para o 31, estamos mesmo para o 30 de janeiro", concluiu.

Impostos. "Nós não gostamos das pessoas", diz o PS

Ainda assim, nos 10 minutos em que interveio, Rui Rio apontou a mira a António Costa. E, sendo o tema Economia e Finanças Públicas, o líder social-democrata regressou àquilo que o separa do líder socialista em matéria de impostos.

“Quando o PS diz que vai continuar com a mesma política, que tem de se baixar o IRS imediatamente e não o IRC, e que nós não gostamos das pessoas e eles é que gostam, o que o PS está a dizer é que vamos continuar na mesma a empobrecer alegremente”, sublinhou, insistindo na ideia de que é prioritário baixar o IRC às empresas, para que estas tenham condições para produzir mais riqueza, "para poderem, logo em seguida, pagar melhores salários".

Rio voltou, ainda, a criticar o que diz ser o facilitismo do PS, contrapondo com o rigor que promete imprimir à sua governação, caso vença as eleições.

"O PS em tudo opta pelo facilitismo, pelo curto prazo, opta por tapar aqui um buraco e ali outro", diagnosticou, para, logo em seguida, dar a receita: "se queremos ter um país desenvolvido, dentro da média europeia na qual outros países mais pobres já nos ultrapassaram, temos de ser mais rigorosos", ao invês do "facilitismo, do curto prazo e do tapar aqui um buraco e ali outro", concluiu.

Arruadas e Covid. "Tenho de correr o risco"

Com a segunda semana de campanha a aproximar-se, perspetivam-se mais arruadas e ajuntamentos eventualmente mais numerosos.

A caravana laranja prossegue na sua opção de fazer contactos de rua nos cafés e no comércio tradicional que, rapidamente, se tranformam numa onda numerosa e colorida, cheia de entusiasmo, mas onde o distanciamento físico é coisa que não existe.

Depois do distrito de Coimbra, esta sexta-feira, a campanha segue, este fim de semana, por Santa Maria da Feira, Espinho e Aveiro - no sábado - e por Guimarães, Arcos de Valdevez e Viana do Castelo - no domingo -, locais onde se prevê que haja uma mobilização crescente.

"O quê que quer que eu faça? Não faço campanha? Ponho três máscaras, umas em cima das outras? Tenho de correr o risco, não tenho outro remédio", respondeu Rui Rio quando questionado sobre o risco potencial de infeção por Covid-19, como consequência dos ajuntamentos de campanha.

O líder social democrata assegura que tem tido o cuidado que é possível ter, embora admita que "estamos numa zona de risco: batemos recordes diários de novos infetados, andamos aqui, apesar de ser ao ar livre e de máscara, mas não deixamos de andar juntos".

Mas a campanha segue na estrada e a rua continuará a ser o centro de toda a mobilização, porque a campanha é mesmo assim.

"O quê que eu posso fazer? Vou para casa? Não há eleições? Não há campanha eleitoral?".

Para o líder social-democrata, é para manter tudo como está: "tenho as três doses e também tomo coisas para reforçar o sistema imunitário", remata.

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