Porto

Eleições no PSD. Rio com olhos postos nas legislativas, Rangel com "muita confiança" nas diretas

27 nov, 2021 - 17:17 • Sofia Freitas Moreira

O atual líder do PSD, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel disputam a presidência do partido, este sábado, em eleições diretas em que podem votar perto de 46 mil militantes. Os dois candidatos votaram na terceira mesa de votos, na sede distrital do Porto, uma das distritais com mais militantes social-democratas do país.

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Em dia de eleições diretas do PSD, o atual líder e recandidato Rui Rio assume que o “grande objetivo” que tem é vencer as eleições legislativas de 30 de janeiro.

“Espero ganhar hoje e, depois, o mais importante é, no dia 30 de janeiro, estar o partido em condições de ganhar as eleições legislativas. Esse é o grande objetivo e o que Portugal mais precisa”, afirmou Rio em declarações aos jornalistas, depois de votar na sede do PSD Porto.

O líder do PSD disse ainda acreditar que a taxa de participação dos cerca de 46 mil militantes do partido será elevada ao longo deste sábado.

Acompanhado pela filha, que votou na mesma mesa do pai, Rui Rio admitiu que, em caso de derrota, terá uma vida “mais tranquila e com mais paz” do ponto de vista pessoal, mas diz estar “mais que preparado” para ambos os desfechos possíveis.

Questionado sobre uma notícia da edição deste sábado, do semanário Expresso, que escreve que Rui Rio enviou mensagens falsas aos militantes, o candidato disse que a mesma era "vergonhosa", quer do ponto de vista profissional, quer ético.

Até à divulgação dos resultados, à qual vai assistir no hotel Sheraton, no Porto, o social-democrata vai ficar em casa “a tratar de assuntos pessoais”.

Rangel com "muita confiança" na vitória

Paulo Rangel foi o primeiro dos dois candidatos a votar na sede do PSD Porto, pelas 14h00 deste sábado à tarde, hora da abertura das mesas de voto.

O eurodeputado disse estar com “muita confiança” na vitória e apelou ao voto dos militantes do PSD.

Em declarações aos jornalistas, depois de votar, Rangel disse que, depois de uma campanha eleitoral extensiva, onde percorreu muitas partes do país, ficou com a ideia de que existe muita motivação entre os militantes para votar.

Sobre como irá passar o resto da tarde até à divulgação dos resultados, o social-democrata contou que será em viagem, dado seguir do Porto para Lisboa, em direção ao hotel SANA.

Sem querer comentar a campanha do adversário Rui Rio, Rangel reafirmou estar muito tranquilo e à espera do veredito dos militantes.

"É o meu partido e é nele que vou votar sempre"

Cerca de meia hora antes da abertura das portas, pelas 14h00, duas militantes já se encontravam no início da fila para eleger o próximo líder social-democrata.

Adelina Silva é militante do PSD há 45 anos e nunca falhou umas eleições internas desde que se filiou.

"Se o meu candidato não vencer estas eleições, neste caso, Rui Rio, não volto a votar", disse em declarações à Renascença, na sede distrital do PSD Porto. "Já há problemas no nosso partido há muitos anos e Rui Rio tem feito um excelente trabalho", insistiu.

Já Antónia Matos, a primeira pessoa na fila para votar, tem uma opinião distinta de Adelina. "Eu voto sempre no PSD, sempre. Não voto na cara, no candidato. É o meu partido e é nele que vou votar sempre", disse à Renascença, referindo-se às próximas legislativas.

Rui Rio e Paulo Rangel votaram na terceira mesa de votos, na sede distrital do Porto, uma das distritais com mais militantes social-democratas do país.

O atual líder do PSD, Rui Rio, e o eurodeputado Paulo Rangel disputam a presidência do partido, este sábado, em eleições diretas em que podem votar perto de 46 mil militantes.

De acordo com o ‘site’ do PSD, o universo eleitoral para as décimas eleições diretas do partido é de 45.973 militantes, aqueles que têm as quotas em dia para poder votar.

A eleição decorre em todo o país entre as 14h00 e as 20h00 e, a partir do fecho das urnas, a secretaria-geral do partido irá disponibilizar a evolução dos resultados das eleições em tempo real aqui, assim como o histórico das eleições anteriores.

A campanha foi feita de modo muito diferente pelos dois candidatos: enquanto o eurodeputado apostou nos tradicionais encontros por todo o país com militantes, o presidente do PSD anunciou que iria abdicar de fazer campanha como candidato, concentrando-se na oposição ao PS, e recusou debates com o seu opositor, por considerar que só beneficiariam os socialistas.

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