18 set, 2024 - 12:19 • Cristina Nascimento , Salomé Esteves
Mais de 25% das escolas do país (27%) estão identificadas como tendo carência de professores. Estão dispersas por todo o país, mas a área da Grande Lisboa é a mais afetada.
Os dados foram obtidos através da análise do despacho publicado esta quarta-feira em Diário da República, e divulgado pelo Ministério da Educação.
Olhando para casos concretos, na Amadora, por exemplo, 11 dos 12 agrupamentos de escolas estão nesta lista. Já no Alentejo, em Évora e Santiago do Cacém, ou em Olhão, no Algarve, todos os agrupamentos e escolas não agrupadas têm falta de docentes.
A lista agora divulgada abrange 234 agrupamentos (218) e escolas não agrupadas (16), de um total de 850 do país. Estas 234 unidades representam quase 1.500 estabelecimentos de ensino (1.459), num universo de 5.343.
Esta lista de agrupamentos e escolas não agrupadas define os estabelecimentos de ensino que vão ser abrangidos pelas medidas do Governo para mitigar a falta de professores, como, por exemplo, o apoio a docentes deslocados ou a possibilidade de professor aposentados voltarem ao ativo.
O despacho identifica também os grupos de recrutamento (disciplinas) onde há mais falta de professores. São todos, 34 no total. Há falta de professores de Informática, Matemática ou Português, mas também de Latim e Grego e em todos os grupos de Educação Especial.