26 ago, 2024 - 05:27 • Ricardo Vieira , Daniela Espírito Santo , João Malheiro
Um sismo de magnitude de 5.3 na escala de Richter foi sentido em várias zonas de Portugal, como Lisboa e Porto, às 05h11 da manhã desta segunda-feira.
A informação foi avançada pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). O epicentro foi registado no Oceano Atlântico, a 58 quilómetros a oeste de Sines, a uma profundidade de 25 quilómetros.
Não foi emitido nenhum alerta de tsunami.
Foram registadas pelo menos cinco réplicas do sismo inicial, de magnitude 1.5, 1.6, 0.9, 1.1 e 1.2 na escala de Ritcher.
Este foi um dos tremores de terra de maior magnitude em Portugal Continental desde 1969. Naquele ano foi registado um abalo de 7.3 na escala de Richter.
O tremor de terra desta segunda-feira durou vários segundos. Há relatos de que o sismo foi sentido na região da Grande Lisboa, mais a Sul e também na região do Porto.
O sismo registado esta segunda-feira de madrugada ao largo da costa portuguesa foi sentido em Espanha, na Andaluzia, especialmente nas províncias de Huelva e Sevilha.
Inicialmente, o alerta de sismos do serviço Android dava conta de uma magnitude de 5.9.
A Proteção Civil não registou de vítimas nem estragos materiais relevantes, mas recebeu, contudo, um elevado número de chamadas telefónicas, da zona do Alentejo até Coimbra.
O Governo começou por reagir, em comunicado, apelando à população "para que se mantenha em serenidade". "O Governo tem estado em coordenação estreita com todos os serviços relevantes na matéria", lê-se.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, na qualidade de primeiro-ministro em exercício durante as férias de Luís Montenegro, deslocou-se de manhã à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, para uma reunião.
No final, Paulo Rangel considerou que o sismo sentido esta segunda-feira em Portugal foi um "teste real às nossas capacidades de resposta".
O primeiro-ministro em exercício destacou a a ação "altamente profissional" das autoridades da Proteção Civil na primeira hora após o fenómeno.
O Presidente da República chamou os jornalistas a Belém para fazer um ponto de situação. Marcelo Rebelo de Sousa considera que "funcionou tudo o que devia ter funcionado" na resposta ao sismo.
Em conferência de imprensa, o Presidente destacou a "muito boa coordenação entre o Governo e a Proteção Civil" e a "capacidade de resposta muito rápida" ao fenómeno natural.
Marcelo Rebelo de Sousa aproveitou para apelar a um debate sobre a proteção sísmica na "construção de grandes obras públicas", considerando que é possível "aprender-se mais" sobre a resposta aos sismos.
Através das redes sociais, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, agradeceu a prontidão da Proteção Civil e das autoridades no acompanhamento do sismo que ocorreu esta segunda-feira ao largo de Sines e destacou "a serenidade da reação do povo português".
Tendo em conta que poderá haver réplicas, vale a pena lembrar algumas medidas simples para lidar com um possível sismo: