Covid-19

"Gostei muito". Utentes elogiam organização do centro de vacinação do Parque das Nações

07 dez, 2021 - 21:26 • Ana Carrilho

Depois das filas de ontem que levaram à suspensão por três horas da modalidade 'Casa Aberta', o Centro de Vacinação Covid-19 na FIL do Parque das Nações regressou à normalidade. "Corre tudo sobre rodas", referiu à Renascença um dos elementos da Proteção Civil municipal de Lisboa.

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Tarde desta terça-feira. Não há filas à porta do Centro de Vacinação Covid-19 do Parque das Nações, em Lisboa. Do lado de dentro, todos os espaços estão organizados, sem que alguém precise de esperar mais do que o necessário.

À passagem de cada utente, só se ouvem elogios à organização e aos profissionais. A entrada está dividida: para um lado, o regime Casa Aberta; para o outro, os agendamentos.

Os elementos da Proteção Civil Municipal controlam a hora de vacinação de cada utente e só entram com cerca de 15 a 20 minutos de antecedência. Pela frente têm vários corredores - esta tarde, vazios - antes de novo controlo para fazer a inscrição.

Uma espera de minutos e depois de preenchido o formulário, as pessoas passam para a área de vacinação. Aguardam sentadas pela chamada para um dos 60 gabinetes, trinta de cada lado, dispostos “em espelho”.

Cada uma destas “metades” inclui um gabinete médico e uma sala de preparação das vacinas.

Depois de receberem a vacina Covid – e em muitos casos, também a da gripe –, os utentes são encaminhados para a última sala, de recobro, não sem antes receberem a indicação da hora a que podem abandonar as instalações e um saquinho de papel com um pequeno lanche: água, bolachas e uma maçã.

Não se têm registados casos de reações adversas, mas para alguma eventualidade, há uma sala de emergência.

Márcio Teixeira, enfermeiro da proteção Civil Municipal da Câmara de Lisboa, disse à Renascença que esta terça-feira está a correr tudo “dentro da normalidade”. Para hoje estão agendadas 5.400 inoculações.

Até às 16h00 já tinham sido administradas 4.200 vacinas, incluindo cerca de 800 no regime de Casa Aberta.

Para Márcio Teixeira, é o resultado do apelo das autoridades para que as pessoas não venham com muito tempo de antecedência. “Bastam 15 minutos”, diz.

“Se as pessoas cumprirem com as horas que têm agendadas, tudo corre como hoje, com normalidade e sem filas”, acrescenta.

Segundo este enfermeiro, a Casa Aberta é uma modalidade alternativa, “não deve ser de referência. Destina-se a grupos e situações especiais. É o processo de agendamento que permite organizar o centro de vacinação e os utentes, de forma a conseguirmos dar resposta”.

Neste momento, o concelho de Lisboa tem dois centros de vacinação, este na FIL e outro, na Ajuda. Para facilitar a vacinação, autarquia assegura o transporte de táxi, gratuito para os utentes da capital. Pode ser pedido pelo 21 8172021.

Muitos elogios

Jaime Santos está sentado na última fila da sala de recobro. Já levou as vacinas contra a Covid-19 e a gripe.

À Renascença revela que há um ano por esta altura estava no hospital, infetado com o novo coronavírus. Esteve internado durante seis meses, um dos quais nos Cuidados Intensivos.

Passou por vários hospitais da capital e não poupa nos elogios aos profissionais de saúde que o trataram. Assim como à organização deste Centro de Vacinação, em funcionamento no Parque das Nações desde o dia 1.

“Foram mesmo impecáveis, sempre a mandar mensagens para não me esquecer, para não faltar. Está muito bem organizado, sim senhor, cinco estrelas”. Jaime tem ouvido outros utentes a criticar, mas diz não perceber porquê, não tem razão de queixa”.

Maria Correia também aguarda que passem os 30 minutos de recobro para se ir embora. Foi tudo muito rápido. Chegou 5 minutos antes da hora e não esperou muito. “Está tudo muito disciplinado, são todos muito profissionais, gostei muito”, diz à Renascença revelando também que é de Carnaxide, mas como o Centro que lá havia fechou, teve de vir ao parque das Nações.

“Correu tudo muito bem, cheguei 10 minutos antes. Estava marcada para as 14h58 e meia hora depois, já estou quase a sair”, diz Isabel, que também não esperava encontrar filas.

“Ouvi os responsáveis a pedir para as pessoas não virem mais cedo porque isso só iria complicar as coisas”, referiu.

Minutos mais tarde, encontrámos Maria João na sala de vacinação. Não hesita em referir que “está tudo muito bem organizado. Estou marcada para as 15,41 e não estive em qualquer fila. Devem estar a chamar-me. Está a correr lindamente”.

Humberto Costa ainda tem que esperar mais um bocadinho. Chegou um pouco mais cedo e esperou um quarto de hora para o registo. Mas, de imediato, frisa que “isso não é nada”, pelo menos comparado com uma experiência anterior em que esperou mais de três horas, “demasiado para um diabético”.

Quem se estreia na vacinação anti-Covid é o jovem Yuri. Diz que ainda não tinha tido tempo de ir à vacina. Ontem, na televisão viu as filas, mas como percebeu que a modalidade “Casa Aberta” tinha sido retomada, hoje veio. Esperou “dois minutos”.

Também Isabel se aventurou na Casa Aberta, com sucesso e sem perda de tempo. “É muito fácil. Tinha cá estado no domingo e só não levei logo a vacina porque não tinha a declaração médica. Funciona muito bem”.

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  • Pratibha Gavrishanke
    27 dez, 2021 Centro de vacinação Fil 11:04
    Gostei muito organização da parte da vacinação 5 estrelas desde que entrei no recinto até saída. Muito obrigado para toda organização 👏🙏

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