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Segundo confinamento volta a fechar as portas da Baixa de Lisboa

15 jan, 2021 - 14:12 • Redação com Lusa

As restrições do segundo confinamento geral exigem que muitos dos negócios de rua fechem portas. A Baixa de Lisboa, que no último mês viu regressar alguma vida às suas ruas, volta a ficar uma região fantasma da capital.

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Entre as medidas que estarão em vigor até 30 de janeiro estão restrições à circulação da população, obrigatoriedade do teletrabalho e encerramento do comércio, com exceção dos estabelecimentos de bens e serviços essenciais.

Em novembro, o presidente da Associação de Dinamização da Baixa Pombalina alertou que com o desaparecimento do turismo quase não há clientes no centro histórico.

“Tudo foi encaminhado para que o turismo fosse a grande força de compra na Baixa Pombalina. Quer a restauração, quer o comércio viviam — e não é exagerado — 70%, no mínimo, à custa do turismo”, disse Manuel Lopes.

As regras gerais do novo confinamento geral passam por ficar em casa, limitar contactos ao agregado familiar, reduzir as deslocações ao essencial, usar máscara de proteção, manter o distanciamento físico, lavar as mãos e cumprir etiqueta respiratória.

O primeiro-ministro, António Costa, pediu várias vezes, durante a conferência de imprensa de quarta-feira, na qual apresentou as regras para o confinamento das próximas duas semanas, que, "por uma vez, não nos centremos nas exceções", sublinhando que o princípio geral é o do dever de recolhimento.

No entanto, em comparação com o anterior período em que os portugueses foram obrigados a ficar em casa, entre março e maio do ano passado, há agora mais situações em que podem abandonar a residência e mais serviços abertos.

Mas apesar das exceções, há muitos serviços que vão estar completamente encerrados, como é o caso das discotecas, bares, circos, parques de diversões ou qualquer local destinado a práticas desportivas de lazer.

Esta sexta-feira volta a registar-te um novo máximo de óbitos por Covid-19 e 10.663 novos casos em Portugal.

O número de internamentos aumentam de dia para dia. A capacidade dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde aproxima-se do limite, com uma ocupação de 91% nas camas afetas a estes doentes, em unidades de cuidados intensivos (UCI).

Na passada quinta-feira, o número de internados com a doença ultrapassou, pela primeira vez, a barreira dos 600, em UCI. De acordo com a última atualização do Ministério da Saúde, estão afetas à Covid-19 em hospitais do SNS um total de 4.473 camas, divididas em 672 de medicina intensiva e 3.801 de enfermaria.

“De forma a responder ao aumento do número de novos casos de contágio da doença Covid-19, torna-se necessária a adoção de medidas restritivas adicionais com vista a procurar inverter o crescimento acelerado da pandemia e a salvar vidas, assegurando, no entanto, que as cadeias de abastecimento fundamentais de bens e serviços essenciais se mantêm”, lê-se no decreto do Governo.

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