Covid-19 em Portugal. Há 25 concelhos em risco extremo

14 dez, 2020 - 14:54 • Joana Gonçalves

São menos dez os concelhos em risco extremo, face à semana passada. Mais de 60% dos municípios portugueses apresentam um decréscimo de casos de infeção pelo novo coronavírus, nos últimos sete dias.

A+ / A-

Veja também:


Mondim de Basto e Chaves, no distrito de Vila Real, e Marvão, em Portalegre, são os municípios portugueses com maior incidência cumulativa de infeção pelo novo coronavírus.

Todos estes concelhos integram a lista de risco extremo, que soma 25 municípios, menos dez face à semana passada.

De acordo com o último boletim da Direção-Geral da Saúde, 195 concelhos registam um decréscimo de incidência. Freixo de Espada à Cinta (-1.456), Gavião (-705), Fafe (-607), Lousada (-556) e Guimarães (-474) lideram a lista.

Já Pinhel (+822), Tabuaço (+812) e Marvão (+699) apresentam a maior variação, face aos dados divulgados na passada segunda-feira. São 96 os municípios com maior aumento de casos de Covid-19, nos últimos sete dias.

Portugal apresenta seis concelhos com incidência zero, todos localizados nas regiões autónomas dos Açores (Corvo, Lajes das Flores, Santa Cruz das Flores e Velas) e da Madeira (Porto Santo e Ribeira Brava).

A Direção-Geral da Saúde divulga, desde dia 16 de novembro, o mapa de incidência cumulativa de infeção por município. O indicador corresponde ao número de novos casos nos últimos 14 dias por 100.000 habitantes.

Este é um dos três critérios adotados pelo Governo português na avaliação de risco de infeção de cada concelho. Foram definidos quatro níveis de risco. Risco moderado, elevado, muito elevado e extremamente elevado.

Os níveis diferem em número de incidência. Municípios com incidência inferior a 240 casos por 100 mil habitantes integram a lista de risco moderado. São 90 os concelhos portugueses nesta situação.

Na lista de risco elevado entram os 83 concelhos com uma incidência entre 240 e 480 casos por 100 mil habitantes. Segue-se o risco muito elevado, entre 480 e 960, com 85 municípios.

No nível máximo de risco - extremamente elevado - estão 50 concelhos, com mais de 960 casos por 100 mil habitantes.

No passado fim de semana, a primeiro-ministro anunciou que as medidas restritivas por concelho se mantém nos próximos 15 dias.

Medidas para os concelhos de risco muito elevado e extremamente elevado
  • Proibição de circulação na via pública entre 23h as 5h
  • Proibição de circulação na via pública e encerramento de estabelecimentos comerciais entre as 13h e as 5h de sábado, domingo e feriados
  • Encerramento dos estabelecimentos a partir das 15h, em véspera de feriados (30 novembro e 7 de dezembro)
  • Ação de fiscalização do cumprimento de teletrabalho obrigatórios
  • Encerramento dos estabelecimentos comerciais às 22h
  • Encerramento dos restaurantes e equipamentos culturais às 22h30
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Joaquim
    14 dez, 2020 nehures 18:14
    O Governo e a DGS, com as atuais medidas, nunca conseguirão controlar a pandemia por causa de fórmula errada que estão a usar! Esta fórmula dos "por 100 mil habitantes" não tem lógica nenhuma. Não podia haver método de contabilização que enganasse mais as pessoas e neste caso o próprio Governo/DGS! A contabilização deveria ser por densidade populacional e não por 100.000 habitantes. Fazer as contas por 100.000 habitantes, é uma estupidez! A contabilização tem de ser feita por densidade populacional e não por "100 mil habitantes" Enquanto considerarem que os "grandes centros", como Lisboa. Porto, etc., que têm uma densidade populacional elevada, são menos perigosos do que os pequenos centros, não vamos a lado nenhum, e a tendência vai ser sempre a de piorar! O meio de Janeiro vai ser caótico, não só por causa do Natal, mas também porque o Governo/DGS estão com métodos de calculo errados! E o pior é que não conseguem ver isso! Ou conseguem e estão a fazer de conta?
  • Joaquim
    14 dez, 2020 nehures 15:44
    O Governo e a DGS, com as atuais medidas, nunca conseguirão controlar a pandemia por causa de fórmula errada que estão a usar! Esta fórmula dos "por 100 mil habitantes" não tem lógica nenhuma. Não podia haver método de contabilização que enganasse mais as pessoas e neste caso o próprio Governo/DGS! A contabilização deveria ser por densidade populacional e não por 100.000 habitantes. Fazer as contas por 100.000 habitantes, é uma estupidez! A contabilização tem de ser feita por densidade populacional e não por "100 mil habitantes" Enquanto considerarem que os "grandes centros", como Lisboa. Porto, etc., que têm uma densidade populacional elevada, são menos perigosos do que os pequenos centros, não vamos a lado nenhum, e a tendência vai ser sempre a de piorar! O meio de Janeiro vai ser caótico, não só por causa do Natal, mas também porque o Governo/DGS estão com métodos de calculo errados! E o pior é que não conseguem ver isso! Ou conseguem e estão a fazer de conta?

Destaques V+