17 dez, 2016 - 00:00 • Fátima Casanova Rui Barros (infografia)
O Colégio do Vale, em Almada, foi o estabelecimento de ensino conseguiu
uma maior progressão dos seus alunos do 9.º ano do básico.
Pela primeira vez, o Ministério da Educação disponibiliza o indicador “percursos directos de sucesso”, um indicador novo, que tem em consideração o percurso de alunos que à partida tinham desempenhos semelhantes.
Este “ranking”, a que a Renascença chama de “alternativo”, é liderado pelo Colégio do Vale. O colégio do distrito de Setúbal conseguiu que os seus alunos progredissem mais 26% do que os estudantes, que partiram para o 3º ciclo com o mesmo nível escolar.
O Colégio do Vale não figura no “ranking” elaborado pela Renascença por ter realizado menos de 100 provas, mas, se não tivermos em conta esse critério, está em 49.º lugar, com uma média de 3,70 nas provas de Português e de Matemática.
Juntam-se a este colégio no “top 3” duas escolas públicas. Aliás, neste “ranking” alternativo, entre as 20 melhores instituições, há oito públicas, quando no “ranking” clássico, que só tem em consideração as médias das provas nacionais, não figura nenhuma, o que acontece pela primeira vez desde que há provas no 9.º ano.
Em segundo lugar está a Escola Básica de Pampilhosa n.º 2, do concelho da Mealhada, distrito de Aveiro. Esta escola conseguiu que os seus alunos progredissem mais 21% do que os seus colegas ao nível nacional. A terceira instituição que conseguiu fazer com que os alunos progredissem mais foi a Escola Básica de Manhente (18,5%), em Barcelos, no distrito de Braga.
O que une estas duas escolas, além de terem ajudado os alunos a progredirem acima da média nacional, é a média negativa que alcançaram nas duas provas de realização obrigatória para a conclusão do 9.º ano, Português e Matemática.
Estas duas escolas não ficaram, por isso, bem colocadas no “ranking” clássico. Se não levarmos em consideração o número de provas, a Escola Básica de Pampilhosa n.º 2 está na posição 561, enquanto a Escola Básica de Manhente aparece no 418.º lugar.
No 3.º ciclo do ensino básico a percentagem de percursos directos de sucesso entre os alunos de uma escola é comparada com a percentagem média nacional para alunos que, três anos antes, nas provas finais do 2.º ciclo, demonstraram um nível escolar semelhante.