10 set, 2022 - 09:30 • Redação com Lusa
Carlos III já foi formalmente proclamado rei do Reino Unido, este sábado. O anúncio foi feito no Palácio de St. James, em Londres. Numa das suas primeiras decisões como regente, declarou que o dia do funeral da mãe será feriado nacional. Resta saber em que dia irão acontecer as cerimónias fúnebres, mas tudo indica que a data será conhecida ainda este sábado.
No seu discurso de juramento solene, Carlos III começou por dizer que sabe que todo o Reino Unido - e até talvez o Mundo - compreende a "perda irreparável" que sofreu com a morte da mãe, Isabel II, que foi um "exemplo de amor eterno e serviço altruísta" ao país. Carlos III garantiu dedicar "o resto da minha vida" a esta tarefa.
"O reinado da minha mãe não teve paralelo na sua duração, na sua dedicação e na sua devoção. Enquanto choramos a sua morte, agradecemos a sua vida de fé".
"Tenho noção plena desta grande herança e das obrigações e responsabilidades de soberania que me foram agora passadas. Ao tomar estas responsabilidades como minhas, almejo por seguir o exemplo inspirador que me precede", declara Carlos III, exaltando a sua vontade de "procurar a paz, harmonia e prosperidade" para o seu reino, a Commonwealth e restantes "territórios espalhados pelo mundo".
"Eu, Carlos III, pela Graça de Deus, do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do norte, e de outros reinos e territórios, rei, defensor da fé, prometo e juro fielmente que manterei e preservarei inviolavelmente o estabelecimento da verdadeira religião protestante, estabelecida pelas leis da Escócia, na persecução dos direitos e particularmente do ato de segurança da religião protestante e da autoridade da Igreja Presbiteriana e pelos atos passados pelos parlamentos de ambos os reinos, pela união de dois reinos, em conjunto com a autoridade, devoção, disciplina, direitos e privilégios da igreja da escócia. Que Deus me ajude", declarou.
Segundo o protocolo da proclamação avançado pelo Palácio de Buckingham, ativado na sequência da morte da Rainha Isabel II, o Conselho de Ascensão, integrado pelos conselheiros reais, é dividido em duas partes.
Na primeira parte, o Conselho Privado, sem a presença do Rei, proclama o soberano e aprova formalmente várias ordens consequentes, incluindo os preparativos para a proclamação.
Na segunda parte, o Rei passa a liderar o Conselho Privado, onde faz uma declaração, lê e assina o juramento para defender a segurança da Igreja na Escócia e aprova Ordens no Conselho que facilitem a continuidade do Governo.
O Conselho de Ascensão é seguido pela Proclamação Principal, lida pelo Rei das Armas da Jarreteira, acompanhado pelo Cone Marechal, por outros oficiais de armas e pelos sargentos de armas, na varanda do Palácio de Saint James. Esta foi a primeira leitura pública da Proclamação. Tal como protocolado, a segunda Proclamação é lida no Royal Exchange.
O sucessor de Isabel II, que morreu na quinta-feira, foi proclamado Rei no Conselho de Adesão, o organismo responsável pelo processo formal de que fazem parte figuras do Governo e conselheiros privados.