Ucrânia. Cem dias de guerra e a pior crise de refugiados desde a II Guerra

03 jun, 2022 - 04:20 • Lusa

A ofensiva militar russa na Ucrânia causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas.

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Foto: Sergei Ilnitsky/EPA
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Foto: Reuters
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Foto: Sergey Kozlov/EPA
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Foto: Ministério da Defesa da Rússia/EPA
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Foto: Oleg Petrasyuk/EPA
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Foto: Roman Pilipey/EPA
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Foto: Sergei Ilnitsky/EPA
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Foto: Presidência ucraniana
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A guerra na Ucrânia atinge, nesta sexta-feira, a marca dos 100 dias, período marcado por um rasto de destruição e pela pior crise de refugiados e deslocados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, com milhões de pessoas em fuga.

Após meses marcados pela acumulação de tropas junto das fronteiras do país vizinho e de várias negações de que uma invasão estivesse a ser planeada, o Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou em 24 de fevereiro o lançamento de uma "operação militar especial" para "a desmilitarização e a desnazificação" da Ucrânia.

Desde então, a ofensiva militar russa na Ucrânia deixou um rasto de destruição no território ucraniano e causou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas -- mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,8 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A ONU confirmou a morte de mais de 4.000 civis na guerra desde 24 de fevereiro, mas a organização admite que estes números estarão muito aquém da realidade. Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.

Nos últimos 100 dias, a ofensiva militar de Moscovo em solo ucraniano teve igualmente sérias e históricas repercussões na arquitetura de segurança europeia. Em maio passado, a Finlândia e a Suécia formalizaram o pedido de adesão à NATO, confirmando desta forma o fim de uma neutralidade militar histórica naquela que está a ser interpretada como a maior alteração da arquitetura de segurança europeia em décadas.

Já esta semana, a Dinamarca realizou um referendo, no qual dois terços dos eleitores votaram a favor do país aderir à política de defesa comum europeia, algo que a diplomacia de Copenhaga admite acontecer já em julho.

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