20 abr, 2022 - 20:47 • João Carlos Malta
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, disse, nesta quarta-feira, que a Rússia apresentou à Ucrânia uma proposta de acordo que explicita os seus pedidos no âmbito das conversações de paz e que aguarda a resposta de Kiev.
Em conferência de imprensa, Peskov indicou que "o documento contém "formulações absolutamente claras e desenvolvidas. A bola está no seu campo (da Ucrânia), esperamos por uma resposta".
O porta-voz da Presidência russa não forneceu mais detalhes nem especificou qualquer prazo para esta resposta, tendo responsabilizado a Ucrânia pelo lento progresso nas negociações e criticado que Kiev se desvia constantemente de acordos previamente confirmados.
"A dinâmica de trabalho no lado ucraniano deixa muito a desejar, os ucranianos não demonstram uma grande inclinação para intensificar o processo negocial", disse.
Porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov diz que Rússia(...)
No entanto, o presidente da Ucrânia negou as alegações feitas pelo porta-voz do Kremlin de que Moscovo forneceu a Kiev um novo documento para negociações de paz .
“Não ouvi nada sobre isso”, disse Volodymyr Zelenskiy na noite de quarta-feira.
"Estou convencido de que eles não nos enviaram nada”, o líder ucraniano.
Várias rondas de negociações de paz desde que a Rússia invadiu a Ucrânia há quase dois meses não tiveram sucesso.
Presidente Vladimir Putin saudou a iniciativa mili(...)
Este dia ficou também marcado por o Ministério da Defesa da Rússia anunciar que testou um novo míssil balístico intercontinental, chamado "Sarmat".
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirma que a nova arma deve servir de reflexão para quem ameaça a Federação Russa.
O "Sarmat" foi lançado a partir de Pletsetsk, no noroeste da Rússia, e atingiu um alvo em Kamchatka, no extremo oriente do país.
Soube-se hoje também que entre dez mil a 20 mil mercenários da empresa privada russa Wagner são combatentes sírios ou líbios, que estão a lutar ao lado das forças russas na Ucrânia, revelou um responsável europeu, citado pela agência France Presse.
Líder parlamentar comunista argumenta que a Assemb(...)
Por cá, o Partido Comunista não vai assistir ao discurso do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, agendado para amanhã na Assembleia da República.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pela líder parlamentar do PCP, Paula Santos, em conferência de imprensa no Parlamento.
O PCP será o único partido a boicotar o discurso de Volodymyr Zelenskiy. Paula Santos argumenta que a Assembleia da República vai dar palco a um Presidente belicista e complacente com neonazis.
“O PCP não participará numa sessão da Assembleia da República concebida para dar palco à instigação da escalada da guerra, contrária à construção do caminho para a paz, com a participação de alguém como Volodymyr Zelenskiy, que personifica um poder xenófobo e belicista, rodeado e sustentado por forças de cariz fascista e neonazi, incluindo de caráter paramilitar, de que o chamado Batalhão Azov é exemplo”, sustentou a líder parlamentar comunista.
Ao minuto
A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro, ao (...)
O Departamento do Tesouro norte-americano anunciou novas sanções contra uma rede de 40 indivíduos e empresas, liderada pelo oligarca russo Konstantin Malofeyev, que acusam de ajudar a Rússia a contornar as sanções impostas pelos países ocidentais pela guerra na Ucrânia. O banco comercial russo Transcapitalbank e a empresa russa de criptomoedas Bitriver e subsidiárias, também foram alvo de sanções.
Em França, a candidata à segunda volta das eleições, Marine Le Pen diz que “a invasão russa da Ucrânia é inaceitável” e defende o apoio a Kiev planos humanitário, financeiro e, também, no fornecimento de equipamento militar.
Já sobre as sanções a Moscovo, Marine Le Pen diz concordar, "mas não com uma sanção que proíba o gás e petróleo russos, porque não afetará a Rússia, mas irá prejudicar o povo francês”, com "consequências catastróficas”.
Secretário-geral da ONU escreveu aos presidentes d(...)
Também esta quarta-feira, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, escreveu cartas aos Presidentes russo e ucraniano, Vladimir Putin e Volodymyr Zelenskiy.
António Guterres pretende deslocar-se a Moscovo e Kiev para reuniões com os dois líderes, com o objetivo de tentar um entendimento entre os dois países em guerra.
A notícia foi avançada esta quarta-feira por Stéphane Dujarric, porta-voz de António Guterres.
"Neste momento de grande perigo em termos de consequências, o secretário-geral deseja discutir medidas urgentes para trazer paz à Ucrânia e o futuro do multilateralismo com base na Carta das Nações Unidas e no direito internacional", disse o porta-voz.
A sessão solene de boas-vindas ao Presidente da Uc(...)