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​De Alepo a Macau e Nova Iorque. Como o mundo celebra o centenário de Fátima​

12 mai, 2017 - 12:01 • Ricardo Vieira , Rui Barros (infografia)

Sabia que do outro lado do planeta, em Sidney, milhares de pessoas são esperadas numa manifestação de fé pelas ruas da cidade? A devoção a Nossa Senhora é um fenómeno global, sem fronteiras.

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Da cidade mártir de Alepo, na Síria, a Macau, passando pelos antípodas, o centenário das Aparições vai ser celebrado nos quatro cantos do mundo, com missas, procissões e demonstrações de devoção a Nossa Senhora e à sua mensagem de paz.

A comunidade cristã de Alepo, na Síria, vai consagrar a cidade devastada pela guerra a Nossa Senhora de Fátima, nesta altura em que o Papa Francisco visita o santuário da Cova da Iria.

Durante todo o mesmo de Maio as igrejas de Alepo enchem-se de fiéis para rezar o rosário pela paz no país e no resto do mundo.

A 10 mil quilómetros de Fátima, a comunidade católica de Macau tem cerca de 30 mil fiéis. É uma das expressões da herança portuguesa naqueles território que passou para administração chinesa, em 1999.

O centenário das aparições vai ser celebrado com uma missa e uma novena na Sé Catedral de Macau - e não na Igreja de S. Domingos como aconteceu em anos anteriores -, e também com uma procissão até à Ermida da Penha, com o padre Peter Stilwell. A Renascença vai ter apontamentos de reportagem na rádio e no Facebook.

Na Sé de Macau, datada do século XVI, está uma das mais imponentes imagens de Nossa Senhora de Fátima naquela parte da Ásia, com a inscrição "Rainha do Mundo, Mãe de Portugal, Amparai Macau".

Fonte: Fátima no Mundo - Manuel Arouca

Da Ásia para o Brasil, o centenário das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos vai ser celebrado no Rio de Janeiro, entre 12 e 14 de Maio. No Recreio dos Bandeirantes, onde está instalada a única réplica em tamanho real da Capelinha das Aparições, são esperados cerca de 100 mil peregrinos, de vários países sul-americanos.

Noutro país de língua oficial portuguesa, o Santuário Mariano de Muxima, em Angola, vai acompanhar cerimónias de Fátima, em directo, através de ecrãs gigantes e está a realizar uma novena. Aquele que é considerado o maior centro mariano da África subsariana fica a 130 quilómetros de Luanda. Os dois santuários vão estar por estes dias “unidos” nas celebrações, não fosse Fátima também uma “referência”, disse à Lusa reitor de Muxima, o padre Albino Reyes.

Na Argentina, a terra do Papa Francisco, o centenário das aparições também vai ser celebrado à distância. Em Martinez, na paróquia de Nossa Senhora de Fátima, na grande Buenos Aires, vão realizar-se duas procissões, duas missas e nove dias de oração. As cerimónias presididas por Francisco vão ser visionadas, em directo, pelos fiéis argentinos.

No maior país muçulmano do mundo há uma ilha das Flores que já foi portuguesa e onde a data também será celebrada. A diocese de Larantuca, na Indonésia, vai associar-se com uma vigília de oração.

Uma capela em homenagem da Nossa Senhora de Fátima será inaugurada em Outubro, anunciou à Lusa o bispo de Larantuca, Franciscus Kopong Kung.

Na distante Singapura o centenário das Aparições também vai ser celebrado e na hiperactiva Nova Iorque o trânsito vai parar para uma procissão com a imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima, no sábado, e uma missa na emblemática catedral de S. Patrício.

Do outro lado do mundo, em Sidney, na Austrália, milhares de pessoas são esperadas numa manifestação pública de fé pelas ruas da cidade.

Uma das imagens peregrinas de Fátima - são 13 no total - vai ser transportada entre a igreja maronita de rito oriental de Nossa Senhora do Líbano e a catedral católica de S. Patrício, em Parramatta.Será lida uma oração do Papa Francisco durante a celebração da eucaristia.

O centenário também vai ser celebrado um pouco por toda a Europa. Fátima e Roma vão rezar um terço em simultâneo, no sábado. Um dia antes, chega à capital italiana a imagem peregrina, que vai passar pela igreja de São João de Latrão para uma vigília e, depois, irá para a Basílica de Santa Maria Maior.

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