22 mar, 2017 - 20:51
Após dez meses de obras de restauro, o túmulo onde Jesus Cristo terá sido sepultado foi esta quarta-feira revelado numa cerimónia na igreja do Santo Sepulcro em Jerusalém.
O grande projecto de restauro, que custou mais de 3,5 milhões de euros, começou em Maio de 2016 e esta quarta-feira, com a presença de muitos representantes das várias denominações cristãs, o edifício foi revelado.
"Antes, o monumento era todo preto," as paredes do santuário estavam escurecidas pelo fumo das velas dos peregrinos”, disse à agência France-Presse a arqueóloga responsável pelo projecto Antonia Moropoulou acrescentando que a partir de hoje o edifício " retomou sua verdadeira cor, a cor da esperança”.
Moropoulou explicou que foi limpa e renovada toda a Edícula da igreja, incluindo as colunas e a cúpulas.
A Edícula da Igreja do Santo Sepulcro, em Jerusalém, é um dos locais mais sagrados do Cristianismo, local onde, de acordo com a tradição cristã, Jesus foi sepultado depois da crucificação.
Desde pelo menos o ano de 1555, o túmulo encontrava-se coberto por uma laje de mármore. Agora, um conjunto de arqueólogos conseguiu levantar a laje, numa operação de restauro que custou mais de 3,5 milhões de euros.
O projecto nasceu de um convite do Patriarcado Greco-Ortodoxo de Jerusalém, que, com a autorização da Igreja Católica Romana e das Ortodoxas Orientais, chamou especialistas da Universidade Técnica de Atenas para estudar a Edícula.
O local teve em Outubro de 2016 um momento "histórico": a laje de mármore que cobria o túmulo foi removida por três dias. A última vez que alguém chegou ao coração do lugar mais sagrado do cristianismo, foi em 1810, quando foi feito um trabalho de restauro após um incêndio.
Nos anos 1960 e 1990, mais mudanças foram feitas em diferentes parte da igreja, localizada na Cidade Velha de Jerusalém, perto dos locais sagrados do judaísmo e do islamismo como o Muro das Lamentações e a Esplanada das Mesquitas.