Fotogaleria

Nunca o Congresso dos Estados Unidos foi tão diverso

04 jan, 2019 - 07:47 • Redação com Lusa

Há mais mulheres do que nunca e uma nova geração de muçulmanos, latinos, nativos americanos e afro-americanos na Câmara dos Representantes.

A+ / A-

A tomada de posse do 116.º Congresso norte-americano, esta quinta-feira, não foi apenas um momento histórico, mas também visualmente marcante.

O novo Congresso não se parece com nenhum outro. Há mais mulheres do que nunca e uma nova geração de muçulmanos, latinos, nativos americanos e afro-americanos na Câmara dos Representantes está a criar o que os académicos designam por democracia refletiva, mais alinhada com a população dos Estados Unidos.

Destaque para as mais de 100 mulheres eleitas nas “midterms”. Noventa e duas vão estar no Congresso e dez conquistaram um lugar no Senado, juntando-se a outras dez que já lá estavam. No total, passam a ser 112. Nunca tantas mulheres serviram ao mesmo tempo. O anterior recorde era de 107.

Se a diversidade e o colorido das roupas marca o lado dos democratas, o sector republicano é dominado pelos homens, quase todos brancos, vestidos com idênticos fatos escuros.

O forte contraste na Câmara dos Representantes reflete as grandes diferenças na forma como os dois partidos promovem as mulheres e candidatos de outras raças e religiões.

Entre as recém-eleitas está a democrata Ilhan Omar, do Estado do Minnesota, que obrigou à mudança das regras do Congresso para poder usar no plenário um lenço na cabeça.

Na quarta-feira, Ilhan Omar colocou uma fotografia com a sua família no aeroporto, acompanhada deste texto: “Há 23 anos, o meu pai e eu chegámos a um aeroporto em Washington DC, vindos de um campo de refugiados do Quénia. Hoje, regressamos ao mesmo aeroporto na véspera do meu juramento como a primeira somali-americana no Congresso”.

O 116.º Congresso dos EUA abriu os seus trabalhos na quinta-feira com a eleição da democrata Nancy Pelosi para a presidência da Câmara dos Representantes e uma série de novos congressistas democratas sedentos de confrontar o Presidente norte-americano, Donald Trump.

Pelosi, 78 anos, foi eleita com 220 votos favoráveis e 182 contrários, dos quais 15 provenientes das fileiras democratas.

Enquanto presidente, Pelosi vai enfrentar desafios iniciais da robusta ala de recém-chegados ao Congresso, incluindo a nova-iorquina Alexandria Ocasio-Cortez, de 29 anos, que ganhou tal proeminência no Capitólio e nas redes sociais que já é conhecida pelas suas iniciais (AOC).

Deb Haaland e Sharice Davids entraram para a história dos Estados Unidos como as primeiras mulheres indígenas a serem eleitas para a Câmara dos Representantes do Congresso norte-americano.

Deb Haaland liderou o Partido Democrata do Novo México (2015-2017) e foi responsável pelo voto dos indígenas na campanha presidencial de Barack Obama em 2012.

Outra muçulmana a conquistar um lugar no Congresso foi Rashida Tlaib. A democrata, de 42 anos, nasceu nos Estados Unidos. É a mais velha de 14 filhos de uma família de imigrantes palestinianos. Foi eleita pelo estado do Michigan. Na tomada de posse, vestiu uma indumentária tradicional da Palestina.

Nesta cerimónia, vários congressistas foram acompanhados pelas famílias, especialmente filhos e netos.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • Anónimo
    05 jan, 2019 16:32
    E ainda bem. Já basta de ter os violadores, os fanáticos religiosos e os milionários a serem sobre-representados no congresso americano.

Destaques V+