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Superlua, eclipses e "chuvas de estrelas". O que nos reservam os céus de 2019

02 jan, 2019 - 15:00 • Rui Barros

Para que não deixe de apreciar todos os espétaculos que os astros têm para lhe oferecer, a Renascença olhou para os dados astronómicos e preparou-lhe uma lista de fenómenos astronómicos que não vai querer perder em 2019.

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Se é daqueles que gosta de estar sempre de olhos postos no céu, o ano de 2019 promete estar cheio de surpresas agendadas.

Só no primeiro mês do ano, pode contar com uma “chuva de estrelas” e um eclipse total da lua que já alimenta os habituais mitos nas redes sociais. E, se o seu lado de astrónomo amador até o leva ao observatório astronómico mais próximo, este ano vai poder ver o planeta Mercúrio a passar em frente ao Sol.

Para que não deixe de apreciar todos os espétaculos que os astros têm para lhe oferecer, a Renascença olhou para os dados astronómicos e para o calendário do ano e preparou-lhe uma lista de fenómenos astronómicos que não vai querer perder em 2019.


4 de janeiro - Chuva de meteoros das Quadrântidas

O início do ano, para os amantes de astronomia no hemisfério norte, é sinónimo de “chuva de estrelas”. A chuva de meteoros das Quadrântidas ocorre de 28 de dezembro a 12 de janeiro, mas, este ano, o pico é já na sexta-feira, dia 4 de janeiro, pelas 02h20.

Esta é, segundo o Observatório Astronómico de Lisboa, uma das melhores chuvas de meteoros, já que, no seu pico máximo, esta chuva de estrelas tem uma Taxa Horária Zenital de 110 meteoros - ou seja, sob condições de céu limpo, escuro, deverá ser possível ver 110 “estrelas cadentes” numa hora.

Em 2019, até a Lua ajuda a apreciar melhor este espetáculo. A luz do luar tende a ofuscar o brilho dos meteoros, mas, este ano, o nosso satélite natural atinge a fase de Lua nova no dia 6, pelo que no dia 4 o seu brilho deverá já ser bem reduzido.


20 para 21 de janeiro - Eclipse total da Lua e Superlua

Uma lua vermelha não é sinal de mau presságio, mas sim sinónimo de um bonito espetáculo astronómico e será precisamemente isso que vamos ter no céu, na madrugada de 21 de Janeiro.

Um eclipse total lunar, que será acompanhado por uma super Lua, vão dar-lhe uma lua vermelha e aparentemente maior do que o normal quando o seu relógio marcar as 03h34 - sim, os fenómenos astronómicos não tendem a querer saber das suas horas de sono.

O eclipse acontece no momento em que a Lua está no ponto mais próximo da terra em fase cheia. O fenómeno é visível na África, Europa, América, extremo leste da Ásia e oceanos Antlânticos e Pacíficos. E, exceptuando as horas tardias a que isto acontece, Portugal até está bem localizado para apreciar este que é descrito pela NASA como “um dos espetáculos mais deslumbrantes” dos céus de 2019.


11, 12 e 13 de agosto - Perseidas ou “Lágrimas de S. Lourenço”

É já um clássico dos céus em agosto. Quer seja porque o tempo convida a estar cá fora ou porque, de férias, as famílias tendem a rumar a zonas com menos poluição luminosa, quase todos já vimos uma “estrela cadente” a cruzar os céus de agosto. O fenómeno deve-se a mais uma das “chuvas de estrelas” regulares, as Perseidas.

Popularmente conhecidas como “Lágrimas de S. Lourenço” por acontecerem na altura em que este santo é celebrado, as Perseidas, que começam a 16 de julho, têm o seu pico de atividade de 11 a 13 de agosto. Nesta altura, e à semelhança do que acontece com as Quadrântidas, deverá ser possível ver umas 110 estrelas a riscar o céu numa hora.


11 de novembro - Trânsito de Mercúrio

Pela segunda vez em dois anos, Mercúrio ficará alinhado entre o Sol e a Terra. A observação obriga o uso de telescópio e filtros solares, mas a raridade do facto fará com que não queira perder o fenómeno, que só volta a acontecer em 2032.

Não conte, no entanto, com um espétaculo visual da magnitude de um eclipse ou de uma super Lua. Aquilo que verá, sempre com recurso a um telescópio, é um ponto negro a atravessar o Sol.

A observação do fenómeno tem de ser feita sempre com o equipamento devido. Tentar observar diretamente ou através de um telescópio diretamente e sem filtro solar pode levar a lesões oculares graves.


4 a 17 de dezembro - Chuva de meteóros das Germínidas


É a última chuva de metoros do ano.

Se as nuvens não o impedirem, esta chuva de meteroros que resulta da passagem do asteroide Faetonte pela órbita da Terra, e cujos detritos parecem sair de um ponto da constelação de Gémeos (daí o nome), promete, no período máximo, 120 “estrelas cadentes” numa hora



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