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Furacão Lorenzo. Imagens subaquáticas revelam destruição do Porto das Lajes

05 out, 2019 - 18:09 • Lusa

Equipa de militares dos três ramos das Forças Armadas chegou este sábado de manhã às Flores, para avaliar o estado de acessibilidade do porto e auxiliar as reparações.

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O o navio-patrulha oceânico "Setúbal", da Marinha Portuguesa, com 46 militares a bordo, navegou para a Ilha das Flores esta sexta-feira para auxiliar nos trabalhos de recuperação do Porto das Lajes e prestar apoio logístico, após a passagem do furacão Lorenzo.

As imagens abaixo são resultado do reconhecimento inicial do local, incluindo as primeiras imagens subaquáticas recolhidas pelos mergulhadores de bordo.


Entretanto, uma equipa de militares dos três ramos das Forças Armadas enviada para avaliar o estado de acessibilidade do Porto das Lajes das Flores, que ficou destruído com a passagem do furacão "Lorenzo", chegou na manhã deste sábado à ilha.

Em comunicado, o Estado Maior das Forças Armadas (EMGFA) adianta que a aeronave C-130 da Força Aérea Portuguesa aterrou na ilha das Flores cerca das 9h00, com uma Brigada Hidrográfica composta por sete militares e uma tonelada de material hidrográfico, uma equipa de quatro mergulhadores com um bote e um veículo submarino, operado remotamente, e três fuzileiros com apoio de drones.

A estes vão juntar-se nove militares do Exército Português, quatro do Regimento de Engenharia NR1 e cinco do Regimento de Guarnição NR1.

Estes militares dos três ramos das Forças Armadas constituem-se como equipa avançada para esta operação, com o objetivo de avaliar o estado de acessibilidade do Porto das Lajes das Flores e de outras infraestruturas que possam ser usadas por embarcações para abastecimento da ilha.

O EMGFA acrescenta que o "Setúbal" tem como objetivo criar condições provisórias para desembarcar gasóleo a partir do mar e contribuir para o abastecimento de bens essenciais.

Na próxima terça-feira está prevista a chegada da fragata "Álvares Cabral" e do navio reabastecedor "Bérrio", com cerca de 280 militares a bordo e diverso material de apoio a emergências civis.

"Estas ações destinam-se a contribuir para o prosseguimento das atividades públicas e privadas da ilha, até que as autoridades regionais encontrem soluções para as limitações decorrentes dos danos nas infraestruturas portuárias", refere o EMGFA.

O apoio conjunto dos três ramos das Forças Armadas, com cerca de 350 militares e vários meios para apoio a emergências civis, surge na sequência de um pedido do Governo Regional dos Açores, através da Secretaria Regional dos Transportes e Obras Públicas, ao Comando Operacional dos Açores.

Também em comunicado, a Autoridade Marítima adianta que a Capitania do Porto de Santa Cruz das Flores tem vindo a prestar apoio ao contingente das Forças Armadas, fornecendo informação para a fase de planeamento e aconselhando sobre matérias específicas da ilha, nomeadamente as suas características geográficas e meteorológicas, para a definição de fundeadouros e para o desembarque seguro do apoio, bem como disponibilizando informação sobre as infraestruturas existentes e o seu estado.

"Todo este trabalho é fundamental para que o apoio possa ser prestado de forma mais rápida e eficaz, tendo como objetivo principal apoiar a população para que possa recuperar e voltar à normalidade o mais rapidamente possível, depois dos estragos causados pela passagem do furacão", refere a Autoridade Marítima.

Este apoio da Autoridade Marítima aos contingentes que chegam aos Açores, adianta a entidade, é possível devido à sua estrutura descentralizada, que conta com 28 Capitanias distribuídas por Portugal continental, Madeira e Açores.

"Existe um conhecimento local específico e especializado em diversas áreas, como a segurança da navegação, assinalamento marítimo, contenção e combate de poluição, entre outras", frisou.

O conhecimento do terreno, explica a Autoridade Marítima Nacional, permitiu desde a primeira hora colaborar com as instâncias locais e regionais, avaliar a situação no terreno e contribuir para o estabelecimento de prioridades e linhas de ação a implementar, definindo-se como essencial a execução de um levantamento hidrográfico.

Este levantamento, defende, é fundamental para se determinar os trabalhos que serão necessários desenvolver no porto comercial das Lajes das Flores, para que volte a recuperar a sua operacionalidade.

A Autoridade Marítima cedeu também as instalações do Farol da Ponta das Lajes, para o estabelecimento do posto de comando em terra e para o apoio logístico às equipas avançadas.

No comunicado, realça-se o comportamento da população dos Açores, considerando-o exemplar, sobretudo a comunidade marítima local, que recebeu e cumpriu todas as indicações através das Capitanias dos Portos e Comandos-locais da Polícia Marítima nos Açores, em parceria com as outras entidade regionais e locais, para que a população se preparasse para a chegada do furacão "Lorenzo".

Segundo a Autoridade Marítima, este comportamento permitiu evitar danos de maior dimensão e uma maior perda de bens, bem como evitar que houvesse acidentes trágicos com vítimas a lamentar.

A passagem do furacão "Lorenzo" pelos Açores, na quarta-feira, provocou mais de 250 ocorrências e obrigou ao realojamento de 53 pessoas.

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