Tempo
|

49 dias para o Brexit

Dezenas de cartazes à beira da estrada para combater a amnésia do Brexit

08 fev, 2019 - 06:30 • Joana Gonçalves

Grupo de cidadãos que se opõe à saída do Reino Unido da União Europeia encontrou uma forma diferente de protestar. Quer pôr a nu, nas ruas de Inglaterra, a hipocrisia dos políticos que estão a liderar o processo.

A+ / A-
Citação de Theresa May fixada num cartaz à beira da estrada: "Eu acredito que é do interesse nacional permanecer na União Europeia".

"Uma crise de meia-idade chamada Brexit"

"Led By Donkeys", em português "Liderados por burros", é o nome da campanha dirigirda por um grupo de opositores ao Brexit. O objetivo é expor as mentiras e hipocrisia dos líderes políticos responsáveis pelo acordo de retirada do Reino Unido da União Europeia. Para cumprir este propósito, optaram por dar vida a "tweets" e citações destes dirigentes, exibindo-os em cartazes pelas ruas de todo o país.

"Nós estamos a colocar nos cartazes as citações destes asnos, deste líderes que nos estão a guiar por este precipício, para relembrar quem nos trouxe até aqui. Para nós, faz todo o sentido", explica um dos membros do grupo, em entrevista ao jornal britânico The Guardian.

Questionados sobre o que os terá motivado a avançar com o plano, delineado num pub, responderam com humor. "Acho que que estamos a atravessar uma crise de meia-idade, mas não por parte da Nação ou de cada um de nós individualmente. A Grã-Bretanha atravessa uma período pós-imperialista, possivelmente uma crise de meia-idade e não sabe muito bem o que anda a fazer. Acabou de comprar uma moto e um casaco de cabedal. É uma crise de meia-idade chamada Brexit e não me parece que vá resultar".

A primeira-ministra, Theresa May, o ex-líder do UKIP, Nigel Farage, que foi um dos maiores defensores do Brexit, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros Boris Johnson, e Michael Glove são alguns dos dirigentes citados na campanha.

David Davis: "O Brexit não terá desvantagens, apenas vantagens considerávies".
Dominic Raab, membro do Partido Conservador: "Ainda não compreendi a verdadeira dimensão do Brexit, mas estamos especialmente radiantes com a travessia Dover-Calais".
"Poderíamos ter dois referendos. Na verdade, talvez faça mais sentido avançar com um segundo referendo depois de completa a renegociação".
Boris Johnson, ex-ministro dos Negócios Estrangeiros de Thersa May: "Não há nenhum plano para fazer face a um não acorod, porque nós vamos conseguir assegurar um óptimo acordo".
Primeira-ministra britânica Theresa May: "Permanecer na União Europeia significa que estaremos mais seguros, do crime e do terrorismo".
Nigel Farage, eurodeputado e grande defensor do Brexit: "Eu nunca prometi que seria um grande sucesso"
Arron Banks, empresário britânico e defensor do Brexit: "A opção da Noruega parece ser, cada vez mais, a melhor opção para o Reino Unido".
Tópicos
Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • ANTONIO IZIDRO
    08 fev, 2019 macau 16:22
    Poderá alguém esclarecer-me, por favor: 1. Se houve alguma consulta popular, aquando da adesão da GB na então CEE ? 2. Aos cidadãos da GB que votaram no último referendum foram-lhes apresentados os prós e contras da saída ou permanência na UE ? 3. Julgo que quando se pergunta ao eleitorado sobre determinada escolha ( eleição de governo, legislativas, autarquias, etc. ) presume-se que o resultado do acto eleitoral gera efeitos imediatos. Referendar a saída da UE que só irá acontecer anos mais tarde, terá alguma lógica ? Obrigado.

Destaques V+