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Os 26 mais ricos do mundo têm tanto dinheiro quanto 3,8 mil milhões de pessoas

21 jan, 2019 - 15:20 • Marta Grosso , com várias fontes

É uma das principais conclusões do relatório Oxfam, segundo o qual o fosso entre ricos e pobres aumentou em 2018. Conheça outros dados do relatório.

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As 26 pessoas mais ricas do mundo têm tanto dinheiro quanto 3,8 mil milhões de outras, que vivem no “lado” pobre do planeta, indica o relatório da organização não-governamental Oxfam.

O documento divulgado nesta segunda-feira, véspera do Fórum Económico Mundial, em Davos, revela que 2018 foi o ano em que os ricos se tornaram mais ricos e os pobres mais pobres.

Mas há mais conclusões:

  • a riqueza de mais de 2.200 milionários aumentou em mais de 790 mil milhões de euros por dia – um aumento de 12% que contrasta com uma redução de 11% na riqueza da metade mais pobre da população mundial;
  • entre 2017 e 2018, apareceu um milionário a cada dois dias;
  • 1% da fortuna do proprietário da Amazon, Jeff Bezos, equivale ao orçamento total para a saúde na Etiópia. A sua fortuna ascende a quase 100 mil milhões de euros. A Etiópia tem 105 milhões de habitantes;
  • o número de bilionários com tanta riqueza quanto metade da população mundial caiu de 43, em 2017, para 26 em 2018. Em 2016, o número foi de 61;
  • um imposto de 1% sobre a riqueza daria para educar todas as crianças que não têm hipótese de ir à escola;
  • durante a crise financeira, o número de milionários duplicou;
  • perto de 10 mil pessoas morrem todos os dias no mundo por falta de cuidados de saúde; 262 milhões de crianças não frequentam a escola porque os pais não têm dinheiro;
  • muitos governos agravam a desigualdade ao não investir o suficiente em serviços públicos.

“Não precisa de ser assim”

O diretor da Oxfam Matthew Spencer considera que “há riqueza suficiente no mundo para proporcionar a todos uma oportunidade justa na vida”.

“Não precisa de ser assim”, com tanta desigualdade, defende. “Os governos devem agir para garantir que os impostos arrecadados com a riqueza e as empresas que pagam sua parte justa sejam usados para financiar serviços públicos gratuitos e de boa qualidade, de modo a salvar e transformar a vida das pessoas”, acrescenta, citado pelo “The Guardian”.

“A forma como nossas economias estão organizadas levam ao aumento injusto da riqueza, concentrada em poucos, enquanto milhões de pessoas levam uma vida de subsistência. Há mulheres a morrer por falta de cuidados de maternidade e às crianças é negada uma educação que poderia ser sua saída da pobreza. Ninguém deve ser condenado simplesmente porque nasce pobres”, defende ainda.

De acordo com o Relatório Mundial sobre a Desigualdade de 2018, entre 1980 e 2016, 50% da população mais pobre ganharam apenas 12 centavos por cada dólar de crescimento do rendimento global.

Thomas Piketty, economista francês e co-autor do relatório, defende a criação de um imposto sobre a riqueza global com vista a conter a tendência crescente para a desigualdade.

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  • É, é isso mesmo
    24 jan, 2019 10:42
    Onde estão os nazis que vêm falar daqueles que reclamam sobre os seus direitos, por terem os salários congelados há uma década, porque perdem cada vez mais dignidade e têm que viver sempre com cada vez menos? Nada têm a dizer sobre esta pouca vergonha? Mais um para o paulo coelho não publicar. Grande Noj---to. só publicas o que te agrada, não? Eu já sei que não o vais publicar, mas pelo menos leias... Não é que sinta prazer em insultar ninguém, mas não tolero quem não me respeita também. Fasscista. ainda ontem o meu comentário só foi publicado ao fim de várias horas, e muitos comentários que já não dou com a conta nunca foram publicados quando estás ao serviço. Até por uma simprles critica à união europeia não foram publicados, seu cheira bufas...

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