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Tiago Machado diz que liberdade é "uma batalha ganha por Bruno de Carvalho"

15 nov, 2018 - 13:19

Em declarações a Bola Branca, o especialista em direito desportiva explicou ainda o motivo pelo qual o juiz de instrução não aplicou medidas de coação mais gravosas.

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Tiago Machado, especialista em direito desportivo, acredita que a saída em liberdade é uma "batalha" vencida por Bruno de Carvalho, e explicou os motivos que levaram à escolha das medidas de coação por parte do juiz de instrução criminal.

Em entrevista a Bola Branca, Tiago Machado acredita que Bruno de Carvalho "para já, saiu por cima". "Pode-se dizer que é uma primeira batalha vencida. Se o juiz entende que não há indícios fortes da prática dos crimes é uma batalha ganha por Bruno de Carvalho e Nuno Mendes".

"Bruno de Carvalho sai por cima desta situação, mas apenas para já. Temos que perceber que pode acontecer que sejam carreadas mais provas para os autos. Mas perante esta medida a sua posição sai reforçada tendo em conta todo o alarme social gerado", diz.

Apesar do risco de fuga e perturbação do caso, Tiago Machado explicou ainda o porquê da não aplicação de medidas de coação mais graves, como a prisão preventiva, aplicada aos outros 38 suspeitos no caso:

"Tendo em conta o documento emitido pelo Tribunal do Barreiro, o juiz de instrução entendeu aplicar estas medidas de coação, porque só apenas em relação a Nuno Mendes é que existem fortes indícios mas apenas do crime do tráfico de estupefacientes".

"Assim sendo, inviabiliza na opinião dele, a aplicação da medida mais gravosa que é a prisão preventiva. Ainda que o juiz diga no despacho que se verificam perigos de fuga, perturbação do curso do inquérito e alarme social do caso. Mas apesar disso e tendo em conta que os indícios não são suficientemente fortes para medidas mais gravosas, optou por estas", rematou.

Bruno de Carvalho e Mustafá vão aguardar julgamento em liberdade, mas sujeitos a termo de identidade e residência. Estão ainda obrigados a apresentar-se diariamente no posto criminal das respetivas áreas de residência, e a prestação de uma caução de 70 mil euros.

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