Sandra Ribeiro, da CIG, defende que, “apesar de toda a importância” atribuída às questões de baixa natalidade, “as mulheres continuam a ser penalizadas no mercado de trabalho” por isso mesmo.
Montenegro recordou as discussões sobre a Lei da Paridade, aprovada na versão original em 2006, e de que algumas deputadas o avisaram que um dia esta iria ser "a lei da quota dos homens".
Segundo os novos dados, 15% das mulheres em idade ativa a nível global gostariam de trabalhar, mas não têm emprego, em comparação com 10,5% dos homens.
Contudo, o ex-primeiro-ministro português lamentou a existência de "lacunas" nessa matéria, avaliando que "no terreno, os avanços têm sido lentos e, em alguns casos, foram registados retrocessos".
"Na área da Ciência e Ensino Superior e até mesmo na das empresas, nota-se que as mulheres, muito embora existam mais nas bases, não conseguem chegar a posições de chefias. Esse é o grande problema", afirma Elvira Fortunato.
Os preconceitos de género já vêm do berço, mas as disparidades salariais e o número de mulheres a liderar empresas acentuam na idade adulta as desigualdades que existem entre homens e mulheres. Porque não há mais casais a partilhar a licença parental? A igualdade de género está mesmo a mais de um século, como indicam os estudos mais recentes?