A vasta maioria dos portugueses mantém-se leal a um governo democrático, 50 anos depois do 25 de Abril. Nos jovens, a percentagem sobe para os 96%. Apesar disso, quase metade da população aceitaria “um líder forte”, mesmo sem ato eleitoral.
São nossos convidados Inês Fronteira, professora de Políticas e Gestão de Sistemas de Saúde na Escola Nacional de Saúde Pública e Adalberto Campos Fernandes, antigo Ministro da Saúde.
O voto de protesto, em forte crescimento eleitoral, não significa que as coisas estejam pior, nem representa uma solução de Governo. Trata-se, realmente, de um exercício de ficção, desligado da realidade, que consola quem o faz, sem resolver nada.
Joana Bértholo, João Tordo, Afonso Cruz, Patrícia Portela, Bruno Vieira Amaral e Gonçalo M. Tavares analisam o momento do país que vai a eleições e olham para a celebração dos 50 anos do 25 de Abril como uma oportunidade de repensar.
"Podem existir altos e baixos e aparentes agressões parciais em liberdades económicas ou sociais, por causa do que se passa lá fora ou do que se passa cá dentro, mas o ideal de Abril nunca morre", afirma o Presidente.
Além disso, 83% dos portugueses não confiam na sua capacidade de participação na política, porque entendem que o sistema não permite que os cidadãos influenciem as decisões.
Metade do planeta vai a votos este ano, numa altura em que as gigantes tecnológicas despediram centenas de trabalhadores. Estamos a criar uma tempestade perfeita?