dana

Exatamente um mês depois das inundações que afectaram dezenas de municípios da Comunidade Valenciana, ainda há muita destruição, poucas ajudas e muitos ainda fazem contas à vida para perceber como vão fazer para voltar ao trabalho ou abrir os seus negócios.

Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prolongou, até às 3h00 da madrugada de sábado, o aviso laranja para os distritos de Faro e de Beja.

A equipa conta com 101 operacionais e está apoiada por 40 veículos. Vai permanecer em Valência por um período de sete dias.

Pelo menos 81 municípios do sul de Espanha estão a ser afetados por um fenómeno meteorológico semelhante ao que, no final de outubro, provocou mais de 200 mortos em Valência.

Há pelo menos nove comunidades em Espanha que tomaram medidas preventivas devido ao agravamento do estado do tempo.

IPMA prevê a descida das temperaturas para abaixo dos 10ºC a partir de quinta-feira ou sexta. Chuva forte que chega a Espanha na terça-feira deverá chegar ao sul do país no final da semana.

Primeiros números oficiais podem ainda não ser finais. Mais de 36.400 pessoas foram resgatadas.

Em entrevista em exclusivo à Renascença, o arcebispo de Valência, D. Enrique Benavent, diz ser necessário combater a indiferença a que estão vetados os moradores dos bairros mais afetados pelo DANA, que já fez, pelo menos, 217 mortos. Segundo o arcebispo, agora, a Igreja em Valência tem pela frente uma grande tarefa: enterrar os falecidos, consolar os seus familiares e estar perto dos que sofreram perdas irreparáveis.

Igreja na periferia do bairro La Torre, próximo da ponte que o divide de Valência, estava encerrada para obras. Mas abriu portas para receber ajudas, que está a distribuir aos mais afetados.

Um pequeno clube de basquetebol de Valência decidiu ajudar os afetados. Pediu a solidariedade dos seus atletas, famílias e população. E tem um pavilhão cheio de alimentos, água e roupa que entrega a quem atravessa o rio Túria para ajudar nas zonas mais afetadas.