A declaração surgiu depois de vários aviões de reconhecimento da Força Aérea norte-americana terem sobrevoado a Península Coreana em várias ocasiões, no âmbito de um exercício conjunto com forças sul-coreanas e japonesas.
Pyongyang acusou os aliados de "acrescentarem mais um fator de instabilidade à tensão muito grave na península coreana" e deixou claro que vai exercer "com maior intensidade o direito de autodefesa para proteger os direitos soberanos e os interesses de segurança do Estado".
É a primeira vez que a Ucrânia anuncia a detenção com vida de militares da Coreia do Norte, que desde o outono estão a ajudar a Rússia na guerra contra Kiev.
As forças ucranianas, que enfrentam uma invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto passado e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre parte da região.
Num comunicado, o Estado-Maior Conjunto da Coreia do Sul disse que a Coreia do Norte se está a preparar para enviar mais tropas para a Rússia, como reforços ou para socorrer os que já combatem.
Os soldados norte-coreanos conseguiram dominar algumas posições ucranianas na zona, graças ao facto de se deslocarem rapidamente e sem pararem para retirar os feridos, embora as forças ucranianas tenham contra-atacado com sucesso.
O Presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou esta terça-feira a implementação da lei marcial, num discurso televisivo inesperado, no qual acusou a oposição de controlar o parlamento e de simpatizar com a Coreia do Norte. Contudo, a Assembleia Nacional reuniu e votou uma resolução que exige o levantamento da lei marcial. Posteriormente, Yoon Suk Yeol decidiu suspender o decreto de suspensão da lei marcial.