O Conselho das Finanças Públicas aponta para um saldo positivo em 2023, apesar do abrandamento da economia, este ano e no próximo. A inflação foi revista em baixa, para 5,2% este ano.
Para a responsável do Conselho das Finanças Públicas (CFP), a ideia de que os apoios do Estado às empresas “são considerados definitivos e sem perspetiva de serem recuperáveis” é um “aspeto muito crítico”.
No Orçamento do Estado para 2023, o Governo apontou para um défice de 1,9% do PIB em 2022. No final de dezembro, António Costa já admitia um défice inferior, de entre 1,4% e 1,5%.
CFP ressalta em parecer atual conjuntura de "elevada incerteza, que se tem traduzido numa deterioração, para 2023, das perspetivas de crescimento da atividade económica e de evolução dos preços".
As contas foram divulgadas esta quarta-feira pelo Conselho das Finanças Públicas. Os piores casos são o Cartaxo, Vila Franca do Campo e Vila Real de Santo António.
“Houve tempo para proceder a uma alteração à lei”, sublinhou Nazaré Cabral, quando questionada sobre a solução adotada pelo Governo para atualização das pensões em 2023.
Este ano a inflação deverá fixar-se nos 7,7% e espera-se um abrandamento gradual nos anos seguintes, mas em 2023 ainda estará em 5,1%, indicam as previsões do Conselho de Finanças Públicas.