A poucas horas de cair o pano sobre mais duas semanas de negociações em Nova Iorque para tentar fechar um tratado para o alto mar, é tempo de lembrar que a Conferência dos Oceanos das Nações Unidas em Lisboa foi classificada pelo Governo português como "impulso importante" para conseguir um acordo para regular as zonas oceânicas sem jurisdição e protecção. Doutora em Ecologia e especializada em Assuntos do Mar, a investigadora brasileira Ana Paula Prates explica a importância de um acordo prometido há 12 anos no Rio de Janeiro e passa em revista os principais desafios para a preservação dos oceanos.
Lisboa foi palco na última semana da Conferência dos Oceanos. No Parque das Nações juntaram-se mais de sete mil pessoas de 142 países para lançar uma janela de esperança sobre a saúde dos oceanos. José Varela, da comissão executiva da Rede Cuidar da Casa Comum foi um dos participantes e é o convidado desta semana da entrevista Renascença/Ecclesia.
Lisboa foi palco na última semana da Conferência dos Oceanos. No Parque das Nações juntaram-se mais de sete mil pessoas de 142 países para lançar uma janela de esperança sobre a saúde dos oceanos. José Varela, da comissão executiva da Rede Cuidar da Casa Comum foi um dos participantes e é o convidado desta semana da entrevista Renascença/Ecclesia.
Dos plásticos às aguas sem jurisdição nacional, da biodiversidade às alterações climáticas, passando pelos compromissos de financiamento, as cartadas europeias na Conferência das nações Unidas sobre os Oceanos ficaram na responsabilidade várias mãos. A agenda é extensa, multidimensional e não termina - longe disso - com uma semana de debates e uma declaração sem natureza vinculativa em Lisboa.
Presidente da República encerrou os trabalhos da Conferência dos Oceanos, em Lisboa, com um discurso virado para o terreno e o que é preciso fazer, para que este encontro não seja apenas mais um.
Duarte Cordeiro, na sessão de encerramento da Conferência dos Oceanos, defendeu que a saúde dos oceanos também depende da resolução dos problemas de acesso à água potável segura.
À Renascença, João Gomes Cravinho sublinha a importância de proteger a biodiversidade em quase dois terços dos oceanos em zonas onde não há jurisdições nacionais. O ministro acredita que haverá acordo em agosto sobre um tratado que está em discussão há quase 20 anos e revela que os países mais ativos reforçaram apoios em Lisboa.
O ministro da Economia, António Costa e Silva, diz que o tempo para um acordo sobre os oceanos urge porque “a situação que vivemos é muito difícil e complexa, e estamos a ver a extinção em massa de espécies”.
A proteção dos cabos de dados submarinos é uma questão cada vez mais importante, mas há ainda pouca partilha de informação o que leva a que muitos sejam danificados pelos pescadores.
Desapontado com o encontro de Lisboa, arcebispo das Ilhas Fiji convida os decisores a testemunharem os efeitos dramáticos das alterações climáticas no seu país, que está a ficar submerso. “Os cientistas têm muito conhecimento e sabem explicar muita coisa, mas não têm capacidade para mudar as pessoas”, afirma D. Peter Chong. A crise ecológica é o reflexo de uma crise interior, defende em entrevista à Renascença.
Desapontado com o encontro de Lisboa, arcebispo das Ilhas Fiji convida os decisores a testemunharem os efeitos dramáticos das alterações climáticas no seu país, que está a ficar submerso. “Os cientistas têm muito conhecimento e sabem explicar muita coisa, mas não têm capacidade para mudar as pessoas”, afirma D. Peter Chong. A crise ecológica é o reflexo de uma crise interior, defende em entrevista à Renascença.
Marcam presença em debates, falam pelos corredores, mas são as vozes mais oficiais que têm maior destaque. A Renascença foi saber como se mexem as organizações não-governamentais na Conferência dos Oceanos.