O local onde se situa Chernobyl foi ocupado pelos militares russos em 24 de fevereiro e teve então uma paragem da rede de energia e comunicações. Os soldados russos retiraram-se a 31 de março e, desde então, a situação voltou gradualmente à normalidade.
Autoridades ucranianas estão a restaurar gradualmente o controlo de segurança nuclear e radioativa, mas continuam com falta de pessoal para os trabalhos de manutenção.
No primeiro dia da guerra, as forças armadas russas tomaram o controlo da infraestrutura nuclear onde em 1986 ocorreu o maior desastre nuclear da História do século XX.
A caminho do fim da quinta semana de guerra, a questão da energia ganha centralidade e as acusações à Rússia de violar o direito internacional não cessam.
Até ao final desta terça-feira, morreram pelo menos 516 civis, incluindo 41 crianças, segundo estimativas da ONU, que indica ainda que "os números reais são consideravelmente mais elevados". A Ucrânia está aberta a discutir a exigência de neutralidade da Rússia, desde que receba garantias de segurança.
Cientista nuclear Bruno Soares Gonçalves, presidente do Instituto de Plasmas e Fusão Nuclear, avalia os perigos de confrontos na periferia de Chernobyl na rota mais curta para Kiev.