Conselho Nacional dos centristas ratifica esta quinta-feira o acordo pré-eleitoral entre o CDS e o PSD na Madeira. A coligação para as regionais de outubro inclui apenas os "dois partidos fundadores da democracia", com o líder do CDS madeirense, Rui Barreto, a acreditar que a maioria absoluta é possível sem "inquilinos" instáveis como o Chega ou a Iniciativa Liberal.
Sobre a IL, o presidente do CDS frisou que não são um partido de direita, não são "um CDS moderninho", e que, exceção feita à sua visão sobre o papel do Estado na economia, "está mais próxima do BE do que qualquer partido em Portugal".
Segundo o mesmo texto, nestas reuniões foi abordada também a atual situação de crise política nacional, opinando o CDS/PP-Madeira que se assiste a "um desgoverno, uma instabilidade permanente, que tem paralisado o país, afastando-o ainda mais dos seus parceiros europeus".
Para o líder do CDS, o caso recente a envolver o ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o ex-adjunto Frederico Pinheiro relacionado com a TAP e as acusações de tentar omitir informação da comissão de inquérito é "inqualificável, mas revelador", e já deveria ter levado à demissão do ministro.
Nuno Melo lembrou que Portugal é feito de muitas empresas públicas e privadas e refere que o dinheiro dos contribuintes deve ser utilizado com "muito melhor critério".
António Miguel Lopes, funcionário do partido há mais de duas décadas, indicou que o despedimento foi justificado pela direção centrista com "a perda da subvenção e a situação financeira" do CDS-PP.
Presidente do CDS acusa a sondagem da CNN Portugal de “manipular" e defende ser "impossível" o CDS não ter intenções de voto. Melo afasta-se de Chega e Iniciativa Liberal.
A posição dos democratas-cristãos surge depois de o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Paulo Cafôfo, ter confirmado que é alvo de inquérito por um alegado esquema de viciação de obras públicas atribuídas a empresas privadas.