Depois de António Costa ter respondido a perguntas do PSD, socialistas querem conhecer as razões que levaram o ex-governador do Banco de Portugal a deixar acusações sobre o primeiro-ministro no livro "O Governador".
Num "Costa contra Costa", o ex-governador do Banco de Portugal lançou a "primeira pedra" sobre as suspeitas que atualmente recaem em António Costa. Entre favorecimentos na venda do Banif e a alegada proteção de Isabel dos Santos, o primeiro-ministro refuta novamente o que considera serem acusações "falsas e ofensivas". Mas o livro ainda terá final em aberto.
Líder do PSD retomou a acusação a António Costa de se comportar como o novo “dono disto tudo” e ao Governo de adotar “uma pose majestática, imperial, de quem tem a maioria absoluta”.
Em causa estão as declarações do ex-governador do Banco de Portugal sobre a venda do Banif e sobre a alegada pressão para manter Isabel dos Santos na administração do BIC. PS fala de cabala e acusa o PSD de pretender "reescrever a história".
Deputados do PSD estão incomodados com a abertura do líder do partido a uma comissão de inquérito à banca. “É má ideia”, antevê um dirigente. “Foi um erro”, critica outro. Embarcar na provocação do Chega seria “populista e demagógico”. A estratégia apontada é manter o primeiro-ministro “em lume brando”.
Os sociais-democratas dirigiram 12 perguntas ao primeiro-ministro para esclarecer declarações do ex-governador do Banco de Portugal, quer sobre a resolução do Banif, quer sobre o afastamento da empresária Isabel dos Santos do BIC.
Ventura acredita que o momento para investigar “é agora” e questiona se o PSD está a fazer “manobras dilatórias” para impedir uma investigação ao universo Banif. Chega espera conseguir os 46 deputados com a ajuda do PSD, IL e esquerda.