30 set, 2024 - 19:00 • Eduardo Soares da Silva
Rúben Amorim, treinador do Sporting, não gostou de saber que o PSV Eindhoven não perde em casa há 41 jogos. O técnico leonino espera um dia mau do PSV em casa num jogo "com muitos golos".
Em conferência de imprensa já nos Países Baixos, Amorim elogiou Daniel Bragança, "um jogador com capacidade para chegar à seleção", o regresso de St. Juste à convocatória ainda que esteja indisponível para o jogo e a lesão de última hora de Matheus Reis.
Elogios de Peter Bosz: "Obviamente que ficamos todos muito felizes. Acho que evoluímos no nosso modelo de jogo, também me lembro bem do jogo contra o Lyon e o que posso retirar desse jogo é que o Peter joga sempre para a frente, acho que é uma coisa cultural dos Países Baixos. Podemos esperar duas equipas de ataque, culturas diferentes, mas resultados semelhantes durante a época. Ambas perderam a Supertaça e ganharam os outros jogos. Amanhã vai ser um bom jogo e com golos".
PSV não perdem em casa há 41 jogos: "Não sabia, claro que não é muito agradável dizerem na véspera a um treinador que a outra equipa não perde há 41 jogos. Sabemos que são dominadores, campeões e que marcam muitos golos. Estudamos os jogos, até os da Liga dos Campeões do ano passado. Também não vamos para Alvalade a achar que os jogos vão ser fáceis. Vamos fazer o nosso jogo, a nossa fortaleza também pode ter um dia mau, o PSV também pode".
Falta afirmação europeia ao Sporting? "Estamos já num patamar diferente, antigamente dizia-se que o Sporting não chegava ao Natal na luta pelo campeonato. Agora já mostramos que somos competitivos. Esperamo que possamos dar o próximo passo, que é a Europa. Há equipas como o PSV num patamar semelhante, mas equipas com investimentos diferentes também, são lutas desiguais. Queremos provar isso, queremos provar isso, o foco é melhorar o que fizemos com o Lille. A pressão vai ser intensa, queremos uma presença diferente até em relação ao primeiro ano em que passamos os grupos".
Agrada-lhe a evolução de Franco Israel? "Ele ganhou a trabalhar com o Vital, não comigo. É muito mais confiante agora, melhorou o jogo de pés, vários pormenores. Provou a todos no ano passado que estava preparado numa fase decisiva do campeonato. É um jovem mais adulto, mais preparado. Excelente guarda-redes, de seleção, e está preparado se amanhã estiver no onze".
St. Juste de volta à convocatória: "Ainda não está apto para este jogo. Veio porque está a treinar com a equipa, está a finalizar o processo de recuperação, mas já pode integrar partes do treino. Queremos o St. Juste a treinar o máximo com a equipa, não o queremos deixar em Lisboa. Queremos que ele sinta a relação com os colegas. Ainda falta algum tempo para estar apto, mas está feliz, nota-se que é outra pessoa. O St. Juste é um jogador de seleção, acreditamos muito nele. Esperamos que ele recupere, é um jogador importante para este tipo de jogos. É um jogador acima da média".
Daniel Bragança está mais completo? "Ele tem sido uma surpresa, porque lesionou-se e ficou melhor jogador. Isso é difícil, já comentei com o doutor que é para fazer com os outros o que fez com o Dani. Tem outra capacidade física, é o jogador mais injustiçado desde que estou no Sporting. Merecia mais, mas não concordo quando perguntam se está preparado para titular. Os médios, acho que está ela por ela em minutos. Se não estiver, o erro é meu. É difícil escolher um dos três médios. É inteligente, até a central sabe jogar em certas jogadas. Tem uma dimensão totalmente diferente do que esperava. Tem capacidade para chegar à seleção também".
Portugal e Países Baixos são países semelhantes na dimensão dos clubes? "A qualidade é semelhante, mas em Portugal temos uma mentalidade diferente. As equipas tentam defender e marcar no contra-ataque. Aqui é diferente, todas as equipas jogam para atacar e dividir os jogos. É cultural. Os dois países têm bons jogadores, bons treinadores. Acho que são semelhantes em qualidade".
Lesões de última hora? "Matheus Reis está fora, sofreu uma lesão. Está fora por algum tempo. Depois da paragem vamos ver".