Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

Varandas: "Sporting não tinha de vender Matheus Nunes"

09 set, 2022 - 20:21 • Redação

Presidente garante que o Sporting caminha para ter "cada vez menos dependência" das vendas. Rúben Amorim "é o treinador certo" para Varandas, que "voltaria a pagar cada cêntimo" e classifica como "histórico" o resultado das contas de 2021/22.

A+ / A-

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, assegura que a venda de Matheus Nunes ao Wolverhampton Wanderers não foi por necessidade.

Varandas assume que o Sporting precisava de faturar com vendas de jogadores, no entanto, lembra que Rúben Amorim foi campeão sem Bruno Fernandes, que quando foi vendido era a grande estrela da equipa.

"O Sporting não tinha de vender o Matheus Nunes. Tinha de fazer determinadas vendas de jogadores. Vendemos o Matheus como vendemos o Nuno Mendes, como há dois anos o Bruno Fernandes, Acuña, Wendel e no ano seguinte fomos campeões. Caminhamos para ter cada vez menos dependência da venda de jogadores", explica Varandas, em entrevista à Sporting TV de balanço dos quatro anos de presidência.

O Sporting vendeu Matheus Nunes ao Wolves por um valor imediato de 45 milhões de euros, tendo garantido 10% da mais-valia de uma futura transferência. O negócio pode, ainda, render mais cinco milhões de euros ao clube de Alvalade, consoante a concretização de objetivos desportivos.

Na altura, o diretor de comunicação do Sporting, Miguel Braga, admitiu que a venda de Matheus Nunes era "dolorosa, mas indispensável".

Rúben Amorim, que chegara a dizer que Matheus Nunes escolhera ficar perante o interesse de outros clubes, criticou a venda do médio.

"Se há coisa que eu sou é muito coerente com as ideias que tenho, vou até ao fim com elas e já fui criticado por isso. Vendemos o Tabata porque o Matheus não quis sair. Desde o primeiro momento que disse que o Tabata tinha de ficar, mas não podia ficar com todos e sempre tive essa atenção na construção do plantel. Por isso, a incoerência de certeza que não é do lado do treinador", referiu, logo após a venda, o técnico leonino.

Varandas voltaria a dar dez milhões por Amorim


Em relação a Rúben Amorim, Varandas garante que a bola relação entre ambos se mantém, mesmo após as críticas do treinador sobre a venda de Matheus Nunes. O presidente do Sporting assegura, ainda, que "voltaria a gastar todos os cêntimos que o Sporting gastou" no treinador.

"É um treinador obcecado em pôr o Sporting a vencer. Tem a função de gerir o seu grupo e tem o objetivo de ter os melhores jogadores possíveis. Se um presidente não entende isto, então não tem o treinador certo. Muito se falou de tudo o que estava à volta, o Sporting tem a felicidade de ter um treinador com o qual tenho excelente relação profissional. Mas para além disso, temos uma ligação", esclarece o líder leonino.

Varandas assume que a carreira de Rúben Amorim estará "sempre ligada" ao momento em que o Sporting pagou dez milhões para contratá-lo ao Braga. E não se arrepende, porque encontrou "o treinador certo".

"É um treinador que quer ter o melhor grupo possível, mas está de corpo e alma no projeto Sporting e quer reerguer o Sporting. Tem a capacidade de perceber o que gostaria de ter, pode ter, mas temos sempre memória. Ele sente muito orgulho em ter chegado aqui, ver o que era o Sporting e o que é agora. E muito devemos a ele e a todo o 'staff'", sublinha Varandas.

O Sporting terminou o exercício financeiro de 2021/22 com resultado positivo líquido de 25 milhões de euros, "um marco histórico".

"Recorde a nível de receitas, os melhores resultados de sempre a nível de receitas operacionais, o maior volume de negócios da história do Sporting. O Sporting conseguiu ter resultados positivos. Menos na pandemia. Mostra o nosso caminho. Temos a situação ideal? Não. Estamos a meio. Estamos a resolver problemas de tesouraria que vêm de trás", frisa o presidente do Sporting, na entrevista desta sexta-feira.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

Destaques V+