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Relatório do árbitro detalha agressões de quatro jogadores no FC Porto-Sporting

14 fev, 2022 - 18:16 • Redação

Dirigentes Luís Gonçalves e Hugo Viana também são mencionados por João Pinheiro, por entrarem no relvado "para provocar um conflito com um adversário".

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O relatório de João Pinheiro, árbitro do escaldante FC Porto-Sporting, dá conta de várias agressões de lado a lado no final do clássico da passada sexta-feira, a contar para o campeonato, que terminou empatado a duas bolas.

Nos confrontos pós-jogo, houve quatro jogadores expulsos. De acordo com o "Maisfutebol", o árbitro escreveu no relatório que dois jogadores do FC Porto e dois do Sporting estiveram envolvidos em agressões e arriscam castigos.

João Palhinha, médio dos leões, "agrediu um adversário com uma estalada". De acordo com as imagens da transmissão televisiva, o agredido foi Marchesín, guarda-redes do FC Porto, que por sua vez "pontapeou um adversário praticando um ato de conduta violenta".

Pepe, central dos dragões, viu o cartão vermelho porque, segundo o árbitro, "pontapeou um diretor da equipa adversária praticando um ato de conduta violenta". Trata-se de Hugo Viana, diretor desportivo do Sporting. O internacional português pode incorrer num castigo de dois meses a dois anos por agressão a um agente desportivo.

Já Bruno Tabata, do Sporting, "empurrou um diretor da equipa adversária praticando um ato de conduta violenta". Trata-se de Luís Gonçalves, administrador da SAD do FC Porto. Pode aplicar-se ao internacional olímpico brasileiro o mesmo castigo que a Pepe.

Ainda de acordo com o relatório, Gonçalves e Viana entraram no terreno de jogo "para provocar um conflito com um adversário".

Nota, ainda, para a agressão, por parte de coletes azuis, ao defesa leonino Matheus Reis. João Pinheiro detalha que, "após o final do jogo, três elementos que vestiam um colete azul atingiram o jogador (...), tendo um deles agredido esse mesmo jogador com um murro nas costas".

Além disso, "um elemento que vestia um colete laranja, um apanha-bolas e que se encontrava na zona lateral do terreno de jogo, atrás dos painéis publicitários, arremessou um isqueiro e água para dentro do terreno de jogo para um local onde se encontravam jogadores" do Sporting.

"Um elemento que vestia um colete azul e que se encontrava atrás dos placares eletrónicos junto à baliza norte, arremessou um banco para dentro do terreno de jogo [para onde se encontravam] vários elementos de ambas as equipas", relata, ainda, o relatório do árbitro.

João Pinheiro detalha também outras situações durante o jogo. Começando pelos incidentes da primeira parte, aos 42 minutos, o árbitro refere no relatório sobre o jogo da 22.ª jornada que adeptos afetos ao FC Porto "atiraram para o terreno de jogo um objeto metálico que foi entregue ao delegado da Liga".

Um adjunto do Sporting foi expulso antes de um canto a favor do FC Porto num dos últimos lances do jogo por ter entrado nas quatro linhas "para interferir o jogo". Carlos Fernandes foi junto da baliza de Adán para dar indicações à equipa, para um lance em que o Sporting não teria Coates, expulso no início da segunda parte, nem Zouhair Feddal, que recebia assistência fora do terreno de jogo.

Em declarações a Bola Branca, esta segunda-feira, antes de o relatório ser avançado pela comunicação social, o jurista Diogo Soares Loureiro, especialista em direito do desporto, admitia como possível uma interdição do estádio do FC Porto.

"A questão da interdição pode e virá à discussão. Temos vários comportamentos imputados e comparticipação de elementos que não são jogadores e com intervenção direta no terreno de jogo. O Conselho de Disciplina poderá trazer para cima da mesa a interdição do estádio", reconhece.

As imagens televisivas de diferentes canais serão tidas em conta, para além dos relatórios entregues ao Conselho de Disciplina. "As imagens, neste caso, serão tidas em conta, assim como os relatórios do árbitro, delegado da liga e das forças policiais. O que vem no relatório do árbitro, existe uma presunção de veracidade e que o que vem lá é totalmente verdade. O Conselho de Disciplina analisará tudo com cuidado", sublinha Diogo Soares Loureiro.

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