09 out, 2020 - 13:35 • Rui Viegas
Rogério Alves tem "atropelado os estatutos" e deve ir embora, explica um conjunto de sócios do Sporting a Bola Branca.
Renato Lopes revela, em nome do grupo, que já está foi interposto o processo que visa a saída da Mesa da Assembleia Geral (MAG) do Sporting, encabeçada pelo conhecido conhecido advogado:
"Demos entrada no Tribunal Central Cível de Lisboa uma providência cautelar, ainda sem resposta, para suspender a assembleia geral [já realizada] e entregámos uma participação disciplinar contra o presidente e os restantes elementos da MAG por violação flagrante dos estatutos. É um processo contra Rogério Alves e seus pares. Porque o Sporting Clube de Portugal é uma instituição de utilidade pública, que se rege por estatutos, aprovados pelos sócios, e não por um conjunto de normas que o senhor Rogério Alves acha por bem cumprir a seu gosto."
A expectativa é que Rogério Alves seja "suspenso, suspenso", sublinha Renato Lopes. O representante do grupo de sócios exemplifica o que está em causa na atuação do líder da MAG verde e branca, com base na última reunião magna realizada.
"Impedir os sócios de falarem nas assembleias gerais, a mudança de assembleia geral de ordinária para eleitoral sem autorização de ninguém ou a identificação dos boletins de voto que permite perceber em quem os sócios votaram. Como e quando. Já ultrapassamos tudo o que é razoável", atira.
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Em simultâneo com esta iniciativa, um outro grupo de sócios do Sporting diz ter reunido mais de mil assinaturas para a realização de uma assembleia geral destitutiva de Frederico Varandas.
O objetivo passaria, também, pela reintegração do ex-presidente Bruno de Carvalho e do antigo "vice" Alexandre Godinho, atualmente expulsos da condição de associados do Sporting. O pedido deu entrada em Alvalade esta sexta-feira.
Nestas declarações a Bola Branca, Renato Lopes garante alinhar com as pretensões dos seus consócios. Na sua opinião, a suspensão e expulsão de Bruno de Carvalho e Alexandre Godinho "não foi mais do que uma forma de evitar que fossem a eleições".
Só com a reintegração dos dois ex-dirigentes se poderia acabar com o clima de "guerra civil" instalado no Sporting e, no entender deste adepto leonino, com a atual liderança "incompetente":
"É meu entendimento, e de um conjunto alargado de sócios, que todo este processo foi um atropelo. Enquanto não lhes for permitido concorrer, o Sporting não terá paz. Isto é uma guerra civil e, enquanto não se terminar com esta guerra, o clube vai continuar a definhar. Para mais, comandado por uma administração que, está à vista de toda a gente, é manifestamente incompetente e incapaz de conduzir um clube da grandeza do Sporting Clube de Portugal."