12 dez, 2019 - 14:50 • Redação
Daniel Podence, antigo jogador do Sporting, recordou, esta quinta-feira, o ataque a Alcochete, por videoconferência, desde a Grécia, onde atualmente joga. O avançado testemunhou o ataque a William Carvalho, Acuña, Misic e Battaglia, e recorda um "ambiente de guerra".
"Um ficou à porta a vigiar. Todos os que entraram bateram em alguém. Passou-me pela cabeça fugir, mas tive medo de ser cercado. A mim só me empurraram para trás. A tocha fez muito fumo, custava a respirar, muitos gritos e o alarme de incêndio a fazer barulho. Parecia uma zona de guerra", começa por contar.
Apesar de admitir que não foi atacado, recordou as agressões aos antigos colegas de equipa.
"Mal entraram, o William foi até à porta e eles fizeram uma roda e começaram a bater-lhe. Deram com um cinto na cara do Misic, que estava ao meu lado. O Acuña estava sentado e deram-lhe chapadas e socos na cabeça. O mesmo aconteceu com o Battaglia", explica.
Podence não reconhece as caras de nenhum dos agressores, apesar de nem todos estarem de cara tapada.
"Eram para aí uns 30 e não estavam todos de cara tapada. Não me lembro é dos rostos. Os invasores iam à procura do William, do Patrício, do Acuña e do Battaglia, mas quem se pusesse à frente também apanhava. Gritavam palavrões, que não éramos dignos da camisola e que o Sporting eram eles", remata.