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FC Porto

Vítor Bruno: "Enquanto eu estiver aqui, vai ser da forma que nós queremos"

02 dez, 2024 - 23:37 • Inês Braga Sampaio

Treinador do FC Porto "nunca [será] um problema", contudo, sublinha que se manterá fiel às suas ideias. Também elogia os jogadores por não se desviarem do plano, apesar de alguns assobios dos adeptos durante o jogo com o Casa Pia.

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Vítor Bruno garante que não será um problema para o FC Porto e que, se André Villas-Boas assim pretender, fará as malas e sairá pelo pelo próprio pé. No entanto, deixa também uma garantia aos adeptos: enquanto continuar no Dragão, a equipa jogará como ele quer.

Em declarações à Sport TV após a vitória, por 2-0, sobre o Casa Pia, que quebrou um ciclo de quatro jogos sem vencer, o treinador do FC Porto, que completou 42 anos esta segunda-feira, sublinhou que, mais do que a prenda de aniversário do triunfo, deixou-o contente saber que os jogadores "acreditam na ideia que está a ser passada".

"Eu nunca serei um problema. Se [Villas-Boas] tiver de me dizer [para se ir embora], diz-me e eu vou à minha vida, sem problema. Agora, enquanto eu estiver aqui, vai ser da forma que nós queremos, como trabalhamos, as nossas ideias e o que estamos a construir. Não vai ser sempre perfeito, porque é uma ideia nova, que envolve alguns momentos de risco, mas a equipa nunca se escondeu e isso deixa-me muito feliz. Sobretudo por eles, porque têm levado ao limite todas as convicções com que trabalhamos diariamente e isso é o maior pilar para o sucesso", frisou.

O FC Porto recuperou o segundo lugar, com menos três pontos que o Sporting, primeiro classificado, e mais dois que o Benfica, terceiro mas com menos um jogo. Na próxima jornada, visita o Famalicão.

Boa prenda de aniversário: "O que me toca é o menos importante. Eu queria muito era que os jogadores ganhassem, que fossem felizes, porque têm trabalhado muito, têm tido uma crença muito grande naquilo que estamos aqui a construir e esse é o meu maior motivo de orgulho. Foi um jogo bem conseguido, a equipa a anular todos os momentos ofensivos do adversário com bola em organização, tivemos três, quatro, cinco ocasiões na primeira parte e podíamos estar a ganhar ao intervalo. É verdade que o Casa Pia tem uma transição com um ou outro posicionamento menos eficaz da nossa parte. Na segunda parte, controlámos o jogo com bola, atitude pressionante forte, a recuperar várias bolas numa zona alta do campo e a poder fazer golo a partir daí. Podíamos ter feito mais um ou outro golo. Vitória inequívoca, justa, baliza a zero, os jogadores estão de parabéns."

Jogadores não se deixam abalar pelo ruído exterior: "Muito satisfeito. O que mais me deixa feliz é saber que eles acreditam na ideia que está a ser passada, no que estamos a construir. Independentemente do que vem de fora e das manifestações que são tidas, os jogadores não se desviam daquilo que tem sido trabalhado. Aqui, se houver alguém que esteja insatisfeito, neste caso o presidente, esse, sim, tem de me dizer e eu nunca serei aqui um problema. Se tiver de me dizer, diz-me e eu vou à minha vida, sem problema. Agora, enquanto eu estiver aqui, vai ser da forma que nós queremos, como trabalhamos, nas nossas ideias e no que estamos a construir. Não vai ser sempre perfeito, porque é uma ideia nova, que envolve alguns momentos de risco, mas a equipa nunca se escondeu e isso deixa-me muito feliz. Sobretudo por eles, porque eles têm levado ao limite todas as convicções com que trabalhamos diariamente e isso é o nosso maior pilar para o sucesso."

O que vai mudar nesta semana de trabalho, depois da primeira vitória em quase um mês: "Não vai mudar nada, vamos continuar a fazer o que fazemos sempre, que é trabalhar. Olhar já para o jogo de Famalicão, um adversário difícil, que cria sempre dificuldades a jogar em casa. Este jogo está fechado, foram três pontos, não simboliza nada mais do que isso. É olhar já para o próximo jogo."

FC Porto a três pontos da liderança, quando já jogou em Alvalade e na Luz. O quadro é tão mau como pintavam? "As pessoas pintam o quadro como querem. Nós estamos conscientes daquilo que temos de fazer, olhando muito para nós, muito para dentro, percebendo qual é o caminho a percorrer, sabendo que nunca vamos ser perfeitos. Andamos ainda a procurar andar perto da perfeição. Volto a dizer: num momento em que era difícil, aquilo que me deixa muito feliz é saber que os jogadores nunca se desviaram daquilo que foi traçado para o jogo, do plano que lançámos, do que é nosso enquanto ideia, do nosso modelo, do que queremos incutir e injetar no nosso jogo, mesmo em condições em determinado momento adversas, pelo que é manifestado a partir de fora."

Agora, celebrar um pouco? "Não. Agora, é descansar e, a partir de amanhã, começar a pensar no Famalicão."

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