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FC Porto deve ficar à margem do caso dos e-mails, defende José Guilherme Aguiar

16 out, 2024 - 12:45 • Luís Aresta

O ex-dirigente portista e da Liga de Clubes não vê motivos para que o FC Porto ou qualquer outro clube sejam assistentes no processo.

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José Guilherme Aguiar, antigo vice-presidente do FC Porto e ex-diretor executivo Liga de Clubes, defende que o momento é da justiça e que nem o clube portista nem qualquer outro se devem constituir assistentes no processo em que a SAD do Benfica e Luís Filipe Vieira são acusados de corrupção ativa sobre a SAD do Vitória de Setúbal.

“O FC Porto deve estar à parte, como todos os outros clubes. Desporto é desporto, justiça é justiça, vamos esperar e dar lugar à justiça. Não é nada que tenha a ver com a justiça desportiva, para já”, defende José Guilherme Aguiar em entrevista à Renascença.

O ex-dirigente portista concretiza: “Sinceramente, não vejo razões para o FC Porto ou qualquer outro clube se constituir assistente, fundamentalmente porque quando alguém é assistente é porque tem um interesse direto no processo, não é nas consequências que podem advir do processo, mas no processo em si. Pelo menos, à primeira vista, não vejo que o FC Porto tenha interesse direto e objetivo nas questões que são do processo."

Julgamento é possível. Comportamento de Benfica e Vitória não é normal

As SAD de Benfica e Vitória de Setúbal, bem como os dirigentes visados pelo Ministério Público, em que se incluem os ex-presidentes Luís Filipe Vieira (SL Benfica) e Fernando Oliveira (Vitória FC), advogam que nada de anormal se passou e que as acusações de que são alvo não têm fundamento.

José Guilherme Aguiar tem um entendimento diferente. Apesar de não conhecer o processo em toda a sua extensão, o antigo dirigente do FC Porto e da Liga de Clubes acredita que há possibilidade de os visados se sentarem no banco dos réus.

“Pelo que ouvi na comunicação social, acho que é de todo em todo possível que o Benfica vá a julgamento, porque no meu entender, a ser verdadeira, a factualidade é extremamente grave”, diz José Guilherme Aguiar, que também contraria a ideia de normalidade defendida pelos visados na acusação do Ministério Público:

“Ninguém pode achar normal estes câmbios de favores, estas cedências, estes lavares de dinheiro que constam, pelo menos, da factualidade que é assacada quer ao Vitória de Setúbal quer ao Benfica."

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