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FC Porto

Sérgio Conceição deseja aos árbitros "sorte diferente" do ano passado

06 mar, 2020 - 13:13 • Redação

Técnico do FC Porto espera jogo "muito difícil" com o Rio Ave, mas sublinha que a liderança não acrescenta pressão. A nota artística só conta para Sérgio "depois de estar a ganhar 2-0".

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Sérgio Conceição desejou, esta sexta-feira, "muito boa sorte, ou uma sorte diferente, aos árbitros", para a reta final da época, uma vez que considera "que não a tiveram no final do campeonato do ano passado".

O treinador do FC Porto espera que, perante a luta cerrada com o Benfica pelo título de campeão, não se repitam, nos 11 jogos que faltam, os erros que entende que foram cometidos no "período decisivo" da última época. Uma altura em que, com nove vitórias e um empate, os dragões foram "muito regulares, mas mesmo assim não [ganharam] o campeonato".

"Não estou a vender banha da cobra, estou a falar de factos. Sabemos o que foram as últimas 10, 12 jornadas do ano passado e que a prestação dos árbitros não foi a melhor. Isso acontece, mas foi um período decisivo. Não estou a tentar criar pressão, um jogo de futebol tem sempre pressão. Benfica e FC Porto estão a lutar pelo título. O que desejo é as maiores felicidades a todos os intervenientes diretos num jogo", vincou.

Sérgio é líder, mas "a cara não muda"


Sérgio Conceição e o FC Porto não mudam a forma de estar e de trabalhar, independentemente de estarem, ao fim de vários meses, na liderança do campeonato, com um ponto de vantagem sobre o Benfica.

Em conferência de imprensa, esta sexta-feira, de antevisão da receção ao Rio Ave, relativa à jornada 24, Sérgio Conceição desvalorizou o primeiro lugar e lembrou que um ponto de vantagem é demasiado pouco para começar a pensar em fazer a festa em maio. Por isso mesmo, a disposição pode mudar, mas a forma de estar é sempre a mesma:

"Sinto-me normal como todas as outras vezes que tenho vindo aqui. Umas vezes mais bem disposto, outras vezes menos, mas sempre com vontade de responder às perguntas. A cara é sempre a mesma, de quem quer trabalhar no máximo, no limite, para conseguir os melhores resultados possíveis. Não estava tudo perdido quando estávamos a sete pontos, agora que estamos um ponto à frente não está nada ganho. Faltam muitos pontos. Há um caminho difícil a percorrer. Vai haver momentos difíceis até ao final do campeonato, é preciso estar atento."

A pressão também não muda, garante Sérgio Conceição, que garante ser "muito realista e [saber] muito bem as dificuldades" que o FC Porto terá até ao final da época. "Temos de estar muito atentos e muito unidos para conseguirmos principal objetivo, que é o campeonato", frisou.

A diferença que um mês e meio não faz


O primeiro teste à liderança do Porto é o Rio Ave, no Dragão. Carlos Carvalhal, treinador dos vilacondenses, disse que preferia defrontar o Porto "de há um mês e meio". Sérgio não entrou nisso, nem concordou que haja maior pressão por, na última época, ter sido, precisamente, um empate com o Rio Ave que tirou o Porto da corrida ao título:

"No plano teórico, cada jogo tem a sua história. A vida do jogo é dada pelos jogadores, pela prestação dos jogadores em campo. Isso foi um jogo que não interfere minimamente. São momentos diferentes, treinadores diferentes. No ano passado perdemos em casa com o Benfica e este ano ganhámos. Entre apanhar o Porto há mês e meio ou de agora, não podemos dizer o que haveria mais ou menos dificuldades."

O Rio Ave, que leva oito jogos consecutivos sem perder representa "mais um teste difícil", para o FC Porto, "como todos os outros jogos".

"Vamos apanhar um Rio Ave que tem feito um trajeto acima da média, com um treinador dos mais experientes em atividade. Um dos bons treinadores da nossa praça. Vai ser um jogo difícil", anteviu.

Nota artística interessa quando se ganha


Apesar de ter subido, em duas semanas, à liderança, o FC Porto tem enfrentado críticas pela falta de atratividade do seu jogo. Sérgio frisou que gosta de nota artística quando aparece em associação com o resultado. Ou seja, a nota artística "conta, depois de estar a ganhar 2-0".

"A bola bate no poste e entra ou bate no poste e sai e o treinador é o mesmo, mas porque a bola entrou e ganhámos é o maior. Se sai, a crítica é diferente. Faz parte. O jogar bem, para mim, está muito associado ao resultado do jogo. No jogo anterior, em futebol jogado, o Santa Clara não criou uma ocasião. A estratégia para o jogo, a ambição e determinação dos jogadores de ganhar da forma que ganhámos, é essencial. A nota artística, para mim, é a forma como o Sérgio bateu o livre e o Marcano cabeceou, é a forma como fizemos o primeiro golo, que é atrair o adversário a um corredor e explorar o corredor contrário, como foi trabalhado. Tudo isso é importante", assinalou o técnico portista.

O FC Porto-Rio Ave tem pontapé de saída no sábado, às 20h00, no Estádio do Dragão. Encontro da 24.ª jornada do campeonato, que terá relato em direto na Renascença e acompanhamento ao minuto em rr.sapo.pt.

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