21 jan, 2025 - 15:25 • João Filipe Cruz
Foi nos arredores de Oslo que os "Heróis do Mar" selaram o direito a sonhar. Em casa da Noruega, um dos anfitriões do Mundial de andebol, a seleção portuguesa vergou os duas vezes finalistas. Como nos outros três cantos do planeta, também no meio do mar de noruegueses havia portugueses.
"Éramos uns 70 ou 80 portugueses num pavilhão com 11 mil a apoiarem a seleção da casa. Um conjunto do pessoas muito animado, com jovens dos 15 aos 70 anos, todos a apoiar. Estivemos lá dentro com eles", conta Paulo Faria a Bola Branca.
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O antigo internacional e treinador testemunhou, in loco, a "vitória brutal" da seleção, "uma das mais importantes da história da modalidade". Com o pleno na primeira fase, até para "quem esteve lá dentro" e imagina "o prazer que estão a ter por estar a jogar pela nossa seleção", deve ser difícil conter o entusiasmo.
"A expectativa tem de ser alta. Esta geração, esta equipa extremamente jovem, vai jogar com a Suécia e com a Espanha para ganhar. Eles sabem que podem perder, mas não vão jogar para ver se perdem por poucos. Eles querem ganhar, querem passar aos quartos de final", explica.
Portugal nunca atingiu os quartos de final do Campeonato do Mundo e está numa posição privilegiada para o fazer. No main round tem encontros marcados com Suécia, Espanha e Chile e, teoricamente, não precisa de ganhar os três para assegurar os dois primeiros lugares do grupo e, por consequência, escrever história.
"É sinal de que o trabalho que está a ser feito pelos jogadores, pelos técnicos, pelos clubes e pela federação está a ser bem feito. Porque, se não, os resultados não estariam a chegar com esta constância. É um orgulho", admite.
E se continuarmos sem conseguir contermo-nos? Se estivermos já a pensar que o record pode durar dias? "Se chegarmos aos quartos de final vai ser como dizia um selecionador de futebol, é o 'mata-mata', e aí tudo é possível", confessa Paulo Faria.