10 set, 2024 - 17:44 • Inês Braga Sampaio
O português Luís Costa, medalha de bronze no contrarrelógio de ciclismo de estrada H5 dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, mostra-se "de consciência tranquila", depois de ter testado positivo num controlo antidoping, e revela que já pediu a contra-análise.
Nas redes sociais, o ciclista admite que foi "do céu ao inferno", após acusar presença de uma substância proibida, o diurético chlortalidona, na urina, num exame realizado em Paris, dois dias antes de competir.
"Estou de consciência tranquila, não tomei deliberadamente tal substância e já pedi a contra-análise. Avizinham-se tempos muito difíceis para mim e o julgamento público será imediato e implacável, como sempre acontece nestas situações", lê-se no Instagram.
A notificação do Comité Paralímpico Internacional (CPI) ao Comité Paralímpico de Portugal (CPP) ocorreu em data posterior à da competição do atleta português, de 51 anos, que fica suspenso provisoriamente.
Em declarações a Bola Branca, o chefe da missão paralímpica, que ainda não falou com Luís Costa, sublinha que "é muito prematuro" falhar de perda de medalha e explica o que se segue para o ciclista.
“O processo não está fechado, a suspensão é provisória. Agora o atleta tem a sua defesa, pode fazê-lo. (...) No caso de o atleta perder os recursos que tem ao seu dispor, obviamente vai perder a medalha, mas para já essa situação não se coloca. É muito prematuro. O atleta tem duas defesas: a contra-análise e o processo normal, em que pode justificar o aparecimento dessa substância no corpo”, detalha.
Este é o segundo caso de doping na comitiva portuguesa em Paris, depois de Simone Fragoso no powerlifting. Segundo o CPP, os atletas foram testados pela Autoridade Antidopagem de Portugal, entre 23 e 25 de agosto, durante o estádio na Cidade do Futebol, em Oeiras, Lisboa.