13 mai, 2024 - 19:30 • Redação
No dia seguinte à qualificação para o Mundial de 2025, Miguel Laranjeiro, presidente da Federação Portuguesa de Andebol, aponta a seleção aos maiores patamares da modalidade e não esconde a satisfação do percurso percorrido até hoje.
“Eu creio que há um balanço muito positivo, porque atingimos uma terceira competição mundial consecutiva. Além disso, teremos uma sexta participação numa prova internacional, tendo em conta os europeus e os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020”, diz, em declarações a Bola Branca.
O empate no último jogo com a Bósnia (26-26), na segunda mão do "play-off", confirmou o apuramento após um triunfo folgado no primeiro jogo, em Guimarães, por 29-19. Portugal vai repetir as presenças de 1997, 2001, 2003 (na qual foi anfitrião), 2021 e 2023.
A prova será disputada de 14 de janeiro a 2 de fevereiro de 2025 na Croácia, na Dinamarca e na Noruega. Os objetivos para a prova já estão definidos: “A passagem ao main round é logo o primeiro objetivo e um dos hidratos. Depois, queremos fazer um caminho e chegar ao mais longe possível na competição, trabalhando bem para estarmos sempre nos dez primeiros lugares”.
Entre os recentes sucessos, Laranjeiro deixou bem evidenciado quais as razões que o justificam: “Dá para ver que existe um percurso desde 2020, com uma boa permanência nas fases finais e que resulta de muito trabalho dos clubes, dos atletas, da qualidade e do compromisso da nossa equipa técnica. Só posso fazer um balanço muito positivo, sabendo sempre que existe sempre uma luta diária e permanente”.
Contudo, deixou um alerta e projetou as aspirações no caminho a percorrer.
“Ninguém está autorizado a descansar sobre o sucesso. O sucesso é sempre passado e trabalhamos sempre num balanço de futuro. Essa ambição e essa forma de estar tem nos dado esta prestação notável, num país da realidade como é Portugal”, expressou.
Numa menção à seleção feminina de andebol, o presidente destaca os feitos que as mulheres têm realizado para o desenvolvimento da modalidade. Aponta até dados históricos.
“Eu sou um grande defensor das mulheres e da sua emancipação. Pela primeira vez em 16 anos, no final deste ano, a seleção feminina vai estar presente no Europeu de 2024. 16 anos depois", destaca. Prossegue: "A nossa intenção é, com base na semelhança do masculino, ambicionar muito mais e continuar a estar presente nas fases finais das grandes competições com as nossas atletas”.
Relativamente ao Europeu de 2028, o evento que vai ser realizado em Portugal, conjuntamente com Espanha e Suíça, o dirigente vê nele uma oportunidade única para o andebol português desenvolver-se a melhores e maiores patamares.
“Nós temos um grande desafio neste mandato com a organização do Europeu 2028. O que temos definido internamente é que o Europeu 2028 não seja apenas um evento, mas seja um trajeto, uma oportunidade e um caminho. Além disso, nós vamos querer com o apoio da Federação Europeia e mediante um Master Plan, tencionar colocar o Andebol português numa maior largura da sua base, num maior e melhor contacto das crianças com a modalidade”, assim aponta o presidente.
No seu apelo final, Miguel Laranjeiro deixou a sua mensagem: “Que no futuro mais adeptos possam participar, ver e assistir aos jogos das nossas seleções nacionais, incluindo o feminino. O apoio e o calor humano de um pavilhão, em nome de um país e de uma bandeira nacional, é muito importante para nós”, rematou.