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Ciclismo

Cancelar a Volta? São "notícias exageradas", assegura Joaquim Gomes

02 ago, 2022 - 20:34 • Lusa

Diretor da Volta a Portugal em Bicicleta diz-se apreensivo com o impacto que as buscas realizadas pela Polícia Judiciária possa ter na Federação Portuguesa de Ciclismo e na Podium, a empresa organizadora, e "nos municípios e marcas que estão envolvidos" na prova. "Tiram a motivação a qualquer um", diz Joaquim Gomes, que mostra-se "preocupado", mas promete não atirar a toalha ao chão.

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O diretor da Volta a Portugal em bicicleta garante que as notícias sobre a não realização da 83.ª edição "são exageradas", apesar da "bomba" das buscas efetuadas à casa de ciclistas, assumindo sentir "vergonha relativamente a tudo que se está a passar".

"Estas desagradáveis surpresas das últimas semanas e, em particular, este caso concreto de hoje - eu ainda não tenho a noção exata da dimensão do que estamos a falar -, tiram a motivação a qualquer um", desabafou Joaquim Gomes.

"Efetivamente, quando este ambiente começava a acalmar, cai novamente uma bomba destas... obviamente que isto é desmotivante para qualquer um. Vou mandar a toalha ao chão? Claro que não, mas estou preocupado", admitiu.

O diretor da Volta a Portugal mostrou-se apreensivo com o impacto que as buscas realizadas hoje pela Polícia Judiciária possa ter Federação Portuguesa de Ciclismo e na Podium, a empresa organizadora, "que não têm culpa nenhuma disto" e que, "aliás, são as duas entidades mais prejudicadas", mas, em particular, "nos municípios e marcas que estão envolvidos na Volta e se esforçam por acreditar num evento que é, de facto, uma excelente ferramenta de promoção, com enorme notoriedade e simbolismo".

"Depois do calvário que foi a notícia da W52-FC Porto, estava longe de pensar que essa péssima mensagem que passou e podia ter alterado a forma de estar, pelos vistos, de algumas pessoas que ainda estavam nesta caravana [não fosse entendida]", pontuou, ressalvando, no entanto, não conhecer os detalhes do caso.

A PJ realizou hoje buscas "em locais ligados a equipas de ciclismo" no âmbito da operação 'Prova Limpa', confirmou à Lusa fonte ligada à investigação, esclarecendo que o objetivo "principal foi a recolha de prova, nomeadamente documentação".

A mesma fonte detalhou que a PJ "realizou buscas em vários pontos do país, em simultâneo, em locais ligados a equipas de ciclismo, no âmbito da operação 'Prova Limpa'", tendo estas "como objetivo principal a recolha de prova, nomeadamente de documentação e não a detenção de qualquer suspeito".

As buscas acontecem a dois dias do arranque da 83.ª Volta a Portugal em bicicleta, que estará na estrada entre quinta-feira e 15 de agosto.

Entre os ciclistas cuja casa foi alvo de buscas estão Francisco Campos, entretanto afastado da equipa Efapel, e Daniel Freitas, excluído da Volta a Portugal pela Rádio Popular-Paredes-Boavista.

Também um corredor da Glassdrive-Q8-Anicolor está entre alvos das buscas, com o diretor desportivo Rúben Pereira a preferir não revelar a identidade do mesmo.

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