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Tóquio 2020. Remadores Fraga e Costa "em choque" por falharem meias-finais do "double-scull"

25 jul, 2021 - 07:45 • Lusa

A dupla lusa vai disputar a final C, que dá uma posição entre a 13.º e a 18º.

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Os remadores portugueses Pedro Fraga e Afonso Costa falharam este domingo o apuramento para as meias-finais da prova de "double-scull" ligeiro dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, pelo que vão disputar na terça-feira a final C.

A dupla lusa, que vai disputar uma posição entre a 13.ª e a 18.ª, precisava de ficar num dos três primeiros lugares da sua repescagem, mas acabou no quarto, a escassos oito centésimos de segundo do Uruguai, terceiro colocado.

Fraga e Costa concluíram os dois quilómetros de regata no Sea Forest Waterway em 6.36,95 minutos, a 67 centésimos da dupla da Ucrânia, que venceu a regata, deixando o Canadá a 51 centésimos e o Uruguai a 59.

Pedro Fraga e Afonso Costa assumiram que falhar as meias-finais dos Jogos foi uma das maiores frustrações da sua carreira, por sentirem que mereciam estar entre os 12 melhores.

“Estamos tristes e frustrados. Sentimo-nos um bocado em choque, pois ainda parece que não é realidade. Estávamos preparados e demos o máximo. É difícil aceitar que não entrámos no lote dos 12 primeiros, mas o desporto é mesmo assim. São as regras”, lamentou Pedro Fraga.

Na sua repescagem, a dupla portuguesa esteve quase sempre em terceiro, posição que perdeu nos metros finais para o Uruguai, por escassos oito centésimos de segundo.

“Em meio segundo ficaram quatro equipas. Quando entrámos nas boias finais estávamos todos lado a lado. Infelizmente, o pão com marmelada cai sempre com esta virada para o chão. Caiu para o nosso lado”, metaforizou o remador de 38 anos.

Fraga, que foi oitavo em Pequim2 008 e quinto em Londres 2012, com Nuno Mendes, destacou o facto da sua repescagem ter sido a mais forte, uma vez que na outra “passaram embarcações de menor valia”.

“Agora queremos fazer o melhor para Portugal e isso passa pelo 13.º lugar”, concluiu o portuense.

Afonso Costa assumiu que está em “choque”: “Parece um pesadelo e que ainda não estamos a perceber como acordar para a realidade. Ficámos de fora do nosso primeiro objetivo quando tínhamos qualidade para o atingir”.

O remador, que se estreia em Jogos Olímpicos, garante que a dupla cumpriu “com o maior brio” o plano de prova com o qual esperavam “vencer” a primeira das duas repescagens.

“Não havia um favorito e a prova é que quatro barcos chegaram no mesmo meio segundo. Calhou-nos a batata quente, a pista quatro, com vento lateral que nos fez sofrer um pouco, tal como o vento contra que nos prejudicou mais. Mas o remo é assim. Já tínhamos calhado na série mais difícil, mas não nos lamentámos, pois íamos para ganhar. Infelizmente, ficámos fora”, resignou-se.

Agora a vontade é vencer a final C para mostrar que mereciam estar numa fase mais ambiciosa da competição “e agradecer a todos os que têm sido um apoio, sobretudo nos maus momentos e não necessariamente nos bons”.

[notícia atualizada às 10h00 com declarações dos atletas]

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