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Andebol

Alfredo Quintana, as conquistas do guarda-redes que marcou uma geração

26 fev, 2021 - 14:50 • Redação

O guarda-redes da seleção portuguesa e do FC Porto morreu esta sexta-feira, depois de não ter resistido a uma paragem cardiorrespiratória sofrida na segunda-feira, numa sessão de treinos.

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Alfredo Quintana, figura do andebol português, morreu esta sexta-feira, aos 32 anos, depois de ter sofrido uma paragem cardiorrespiratória na segunda-feira, durante uma sessão de treino. Para trás, ficam 10 anos que colocaram o guarda-redes na história do desporto nacional.

A estória do guardião no andebol começou a ser escrita em Cuba, a mais de seis mil quilómetros de distância da cidade do Porto. O guarda-redes nasceu em Havana e foi no Industriales que fez o início da carreira, até aos 22 anos de idade.

Quintana chegou a Portugal em 2011 e faria as seguintes 11 temporadas no FC Porto, onde deixa o legado de um dos melhores atletas da história do clube portista, tendo somado 431 jogos com a camisola dos dragões. Apontou ainda 48 golos, apesar da posição em que alinhava.

O guardião atingiu um estatuto tal dentro do FC Porto que foi distinguido pelo clube como Dragão de Ouro de Atleta de Alta Competição do Ano em 2014. Dentro de campo, Quintana levantou nove troféus: seis campeonatos nacionais, uma Taça de Portugal e duas supertaças.

Em 2014 recebeu nacionalidade portuguesa e passou a representar a seleção nacional, depois de já ter dado nas vistas na seleção cubana no Campeonato Pan-americano de 2010, no Chile, e no Mundial de 2009, na Croácia.

Quintana viria a escrever mais uma página bonita da sua carreira com a seleção portuguesa: 73 internacionalizações e 10 golos apontados, tendo sido fundamental nas caminhadas da equipa de Paulo Jorge Pereira no Europeu de 2020 e no Mundial deste ano.

Quintana estreou-se no FC Porto a 26 de março de 2011, na vitória contra o SC Horta. Quase 10 anos depois fez a sua última partida, no domingo, em Águas Santas, em mais uma vitória por 34-26, jogo em que marcou dois.

"Tenho lutado desde que era criança. Não sou um sobrevivente. Sou um guerreiro extraordinário", disse Quintana, no ano passado. Sozinho na área, mas nunca só, Quintana ficará para sempre na memória de todos como um dos melhores atletas da história do andebol português.

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