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Tráfico humano

Evangelista fala de "pluralidade" na troca de palavras com o presidente da FPF

19 jun, 2023 - 14:29 • Rui Viegas

O episódio marcou a última Assembleia Geral da Federação. Presidente do Sindicato dos Jogadores pede mais rigor na seleção dos que estão nos órgãos dirigentes do futebol.

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Joaquim Evangelista explica a troca de palavras acalorada com o presidente da Federação Portuguesa de Futebol.

O episódio marcou a última assembleia geral (AG) federativa. Na ocasião, as palavras duras de Fernando Gomes sobre os mais recentes casos de tráfico humano mereceram resposta do líder do Sindicato dos Jogadores, que reclamou os "direitos" sobre as denúncias, lembrando que em 2021 já tinha alertado para este problema e que os casos que envolvem redes criminosas não podem ser tratados em silêncio.

Em declarações a Bola Branca, Evangelista fala de um momento de "pluralidade" de opiniões, apesar de criticar os que não quiseram pronunciar-se.

"As únicas duas pessoas que usaram da palavra sobre o tema foram os presidentes da federação e do sindicato. É muito estranho o silêncio dos outros. Então não é em plena Assembleia Geral que devemos manifestar-nos? E sobre esta matéria, o Joaquim Evangelista e o Fernando Gomes estão em plena sintonia. Aconteceu foi uma pluralidade de opiniões. Era o faltava estarmos sempre de acordo. Ainda bem. É este país que desejo e que neste momento não existe", justifica o presidente do Sindicato.

Evangelista faz novo apelo: há que apertar a malha sobre as relações no futebol.

"Temos de discutir as relações no futebol português, os conflitos de interesses. Tem de haver mais critério. É incompreensível que um presidente da mesa [da AG da Liga Portugal] tenha ligações ao futebol. E há que perceber se estas relações podem traduzir-se em dano reputacional ou não", exige.

Nesta entrevista à Renascença, Joaquim Evangelista, volta a criticar os assobios ao portista Otávio, aquando da sua chamada a jogo frente à Bosnia e Herzegovina, com a camisola da seleção nacional.

"Devíamos ter a capacidade de distinguir o amor pelos clubes e a seleção nacional. Isto é muito desagradável. É o reflexo da fraca cultura desportiva que existe no país", finaliza, em tom crítico.

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