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Conguito e o Villa Athletic Club. "O sonho virou pesadelo”

19 out, 2022 - 19:38 • Carlos Calaveiras

Fábio Lopes diz que foi ingénuo ao deixar o orçamento triplicar, mas garante estar a fazer tudo para resolver “os problemas das pessoas e do Clube”.

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O presidente do Villa Athletic Club, clube dos distritais de Portalegre que tem andado nas bocas do mundo por, alegadamente, ter vários meses de ordenados em atraso, garante que “não salta de um barco a arder”, mas confirma que “o sonho virou pesadelo”.

Em comunicado, Fábio Lopes, também conhecido como Conguito, começa por dizer que continua a ter “o sonho do desporto e do futebol como oportunidade para jovens ou para todos aqueles que são tão apaixonados como eu”.

O Youtuber, animador da Mega Hits e repórter da RTP, reafirma que a ideia do Villa “nunca foi um negócio. Mas foi o negócio do futebol que o destruiu”.

“É nas respostas aos tempos difíceis que se define a força de uma Equipa. No meu sonho, estavam os melhores. Fiz questão de chamar os melhores. Mas nos tempos difíceis, em que a Equipa devia estar unida a encontrar soluções de viabilização do projeto e soluções para os problemas, os que acreditava serem os melhores consideraram que seria mais benéfico criar uma campanha nos media e nas redes sociais, com o intuito de destruir o valor do Villa Athletic Club e de denegrir o seu Presidente”, escreveu.

O presidente do clube pede ”desculpa a todos por ter acreditado no sonho”.

“É muito mais difícil do que imaginei, reconheço. Começámos do 0 e eu acreditei que estávamos a tempo de encontrar uma solução financeira para um orçamento que triplicou à frente dos meus olhos porque fui ingénuo e confiei demasiado. E foi aí que algumas pessoas em quem confiávamos tentaram apoderar-se do clube, projeto e da ideia”, acrescenta.

Fábio Lopes garante que não desiste e que quer “resolver os problemas das pessoas e do Clube”.

O Villa Athletic Club, fundado este verão no Alentejo e que compete nos distritais de Portalegre, tem lidado com dificuldades financeiras, com acusações de salários em atraso e falta de condições.

O clube foi criado a 14 de junho, para competir no Campeonato Distrital de Portalegre. A sede é em Ponte de Sor, embora os treinos se realizem em Samora Correia. Contratou Meyong, antigo jogador do Vitória de Setúbal, como treinador e atraiu jogadores como Edinho, antigo internacional português, ou André Carvalhas, que na temporada passada competia na II Liga.

Contudo, numa competição organizada pela Associação de Futebol de Portalegre, o Villa perdeu o primeiro jogo por falta de comparência. Ao segundo jogo, só estavam inscritos 12 jogadores, sem equipa técnica, e atuou com equipamentos do adversário.

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